Em resposta a controversa vitória eleitoral de Nicolás Maduro, manifestantes derrubaram a estátua do ex-presidente da Venezuela
Redação Publicado em 29/07/2024, às 18h18
A Venezuela encontra-se em um estado de agitação crescente após a proclamação da vitória do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato de seis anos. A notícia, divulgada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na madrugada desta segunda-feira, 29, provocou uma onda de protestos por todo o país.
Um dos episódios mais simbólicos foi a derrubada de uma estátua do ex-presidente Hugo Chávez na avenida Shema Saher de Coro, no estado de Falcón.
Poderoso vídeo: abajo la estatua de Hugo Chávez en el estado Falcón.
— Emmanuel Alejandro Rondón (@rondon_EA26) July 29, 2024
La gente celebra. pic.twitter.com/MWRY1ubREf
Com apenas 80% das urnas apuradas, o CNE declarou Maduro vencedor com 51% dos votos contra 44% do opositor Edmundo González. No entanto, a oposição, liderada por María Corina, contestou os resultados, alegando fraude. Ela afirmou que González obteve 70% dos votos em contagens independentes.
Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito: Edmundo González", declarou María Corina, defendendo a vitória da oposição, em protesto.
Desde as primeiras horas da manhã, manifestantes tomaram as ruas em diversas partes do país, queimando cartazes do presidente e exibindo bandeiras em sinal de descontentamento. Em Caracas, a polícia e a Guarda Nacional monitoraram de perto as manifestações, que se espalharam rapidamente.
“Fechamos nossos negócios e começamos a protestar, nos sentimos decepcionados, isso não reflete a realidade, votamos contra Nicolás”, disse Carolina Rojas, uma lojista de 21 anos.
Durante a cerimônia de proclamação, Maduro denunciou as ações da oposição como uma tentativa de golpe de Estado. O Ministério Público anunciou uma investigação sobre um suposto ataque hacker que teria tentado adulterar os resultados eleitorais, acusando líderes oposicionistas de estarem envolvidos.
Segundo 'O Globo', a reeleição foi questionada por vários países, incluindo os Estados Unidos, o Brasil e a Colômbia. O Centro Carter e a ONU pediram maior transparência na contagem dos votos, exigindo a publicação dos resultados detalhados por seção eleitoral.
Nas ruas de Caracas, o som das panelas ecoava incessantemente dos edifícios. Muitos manifestantes expressaram seu descontentamento com o resultado das eleições, temendo represálias dos grupos pró-governo.
“Estamos decepcionados com Maduro, Edmundo ganhou porque estive presente na votação no colégio Andrés Eloy e contamos voto por voto, e ele ganhou", afirmou Jenny Gil, uma das poucas que se atreveram a sair de casa para protestar.
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