Calçadão do Centro Histórico de SP - Wikimedia Commons via Zé Carlos Barretta
Arqueologia

Três sítios arqueológicos são descobertos durante obra no Centro Histórico de SP

A Prefeitura de São Paulo anunciou a descoberta de três sítios arqueológicos nos calçadões do Triângulo Histórico, no Centro da cidade

Redação Publicado em 30/10/2024, às 10h00

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira, 29, a descoberta de três sítios arqueológicos nos calçadões do Triângulo Histórico, no Centro da cidade, que passam por reformas desde 2023.

O primeiro sítio, localizado na Rua Senador Paulo Egídio, revelou fundações de edificações históricas da primeira metade do século 20, além de fragmentos de cerâmica colonial e portuguesa, possivelmente do século 18.

Na Rua Quintino Bocaiúva, foram encontradas construções do mesmo período e uma estrutura que pode ter integrado um sistema de canalização hídrica, cuja época de construção ainda não foi identificada, repercute o g1. 

No terceiro sítio, foram desenterrados antigos trilhos de bondes da companhia Light, situados na Rua José Bonifácio e na Praça Padre Manoel da Nóbrega. Em nota, a Prefeitura informou a SPObras notificou o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que já realizou vistorias nos locais.

Reformas

Em janeiro de 2023, a Prefeitura de São Paulo iniciou uma nova fase na reforma das calçadas do Centro, com o objetivo de melhorar a acessibilidade e facilitar a manutenção.

A obra, que deve durar 22 meses e custar até R$ 80 milhões, prevê a renovação de 63 mil metros quadrados de calçadas em 23 ruas, substituindo as tradicionais pedras portuguesas, símbolo histórico da região, por placas de cimento.

Simulação do calçadão do Centro Histórico de São Paulo após reforma / Crédito: Divulgação/Secretaria de Urbanismo e Licenciamento e SP Urbanismo
Simulação do calçadão do Centro Histórico de São Paulo após reforma / Crédito: Divulgação/Secretaria de Urbanismo e Licenciamento e SP Urbanismo

Introduzidas na cidade no início do século passado e amplamente usadas nos anos 1970, as pedras de calcário e basalto, que são resistentes e permeáveis, exigem constante manutenção. Segundo a prefeitura, após serem retiradas, elas serão trituradas e reutilizadas na própria reforma.

Leia também: Novos itens arqueológicos são descobertos em obra da Linha-6 do Metrô

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