O fenômeno revelado pela tempestade solar é semelhante a aurora 'STEVE'
Luisa Alves, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 28/03/2023, às 17h39
Durante a tempestade solar mais forte em mais de meia década, foi avistado um fenômeno que fez várias aparições nos Estados Unidos e Reino Unido na semana passada e que é semelhante à aurora ‘STEVE’. A aurora ‘STEVE’ é um fenômeno raro que foi oficialmente descoberto em 2016.
A tempestade geomagnética mais poderosa na Terra, em seis anos, que ocorreu em 23 de março, desencadeou espetaculares auroras em todo o mundo, além dos avistamentos incomumente generalizados de ‘STEVE’ que, embora muito semelhante às chamadas luzes do norte, não é uma aurora.
STEVE phenomenon and Aurora near New Underwood, South Dakota 3-23-23 #aurora #northernlights #AuroraBorealis pic.twitter.com/J18y9TvxMl
— Randy Halverson ☄ (@dakotalapse) March 25, 2023
O fenômeno foi fotografado em Dakota do Sul, estado de Washington, Idaho, Montana, na Escócia e no Reino Unido, além de que pode ter sido visível também em outros locais, como repercutido pelo LiveScience.
Diferentemente das auroras, que são desencadeadas por partículas de alta energia, criando luzes rodopiantes que diminuem e fluem ao longo do tempo, ‘STEVE’ pode ocorrer muito mais longe dos polos da Terra do que as auroras tendem a aparecer.
O fenômeno é causado por um rio de plasma quente, ou gás ionizado, que atravessa a magnetosfera da Terra e, graças a distúrbios magnéticos durante tempestades solares, entra na ionosfera.
O plasma — que percorre cerca de 13.300 mph (21.400 km/h), o que cria fricção com o ar circundante — excita as moléculas a brilhar da mesma forma que uma aurora, no entanto, esse fluxo constante de plasma causa um fenômeno visual imóvel para quem o vê, se comparado às luzes dançantes das auroras.
Podem acompanhar esse fenômeno, luzes verdes ou “cercas” que piscam no céu por cerca de 30 segundos antes de desaparecer. Não sendo a primeira vez que STEVE é visto na América do Norte, o fenômeno já foi fotografado em agosto de 2022, depois de surgir nos céus no sul do Canadá, após outra tempestade solar atingir a Terra.
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