A estrutura capturada possui um núcleo energético muito forte que gera linhas espectrais que, na verdade, não deveriam existir
Redação Publicado em 21/12/2023, às 14h52
A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou na última segunda-feira, 18, uma fascinante imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble, revelando a presença da “luz proibida”, proveniente de uma galáxia espiral remota. Denominado MCG-01-24-014, esse objeto celestial encontra-se a aproximadamente 275 milhões de anos-luz da Terra.
A imagem, capturada pela Advanced Camera for Surveys (ACS) do Hubble, destaca a MCG-01-24-014 no centro, com duas estrelas brilhantes em primeiro plano, uma azul e outra vermelha, posicionadas diretamente acima dela. No fundo escuro do espaço, diversas galáxias mais distantes completam a composição visual.
A MCG-01-24-014 é classificada como uma galáxia ativa, caracterizada por um núcleo extremamente energético conhecido como núcleo galáctico ativo (AGN). Além disso, ela pertence à categoria de galáxias Seyfert, cujos núcleos apresentam brilho anormalmente intenso. As galáxias Seyfert compreendem uma das subclasses mais comuns de AGN, juntamente com os quasares.
Enquanto os quasares são AGNs distantes cujo brilho intenso obscurece suas galáxias hospedeiras, os sistemas Seyfert, como a MCG-01-24-014, mantêm uma proximidade relativa, permitindo a detecção clara da galáxia junto ao seu AGN central, segundo a Galileu.
Existem duas subcategorias predominantes de galáxias Seyfert: Tipo 1 e Tipo 2, diferenciadas pelo seu espectro, isto é, o padrão resultante quando a luz é desmembrada em seus comprimentos de onda constituintes.
A MCG-01-24-014, visualizada pelo Hubble, pertence ao Tipo 2, gerando emissões denominadas “proibidas”. O termo “proibido” refere-se a linhas espectrais que desafiam algumas regras da física quântica. Os espectros, padrões de luz resultantes da absorção e emissão por átomos e moléculas, normalmente seguem regras específicas da física quântica. No entanto, as linhas de emissão “proibidas” desafiam essas regras em condições específicas, como as encontradas nos núcleos galácticos energéticos.
Sob essas regras, esta emissão é 'proibida' – tão improvável que é desconsiderada", explica a ESA. "Mas, no espaço, no meio de um núcleo galáctico incrivelmente energético, essas suposições não valem mais, e a luz 'proibida' tem a chance de brilhar em nossa direção".
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