Agora os valores cobrados aos turistas para entrar no arquipélago terão um valor muito mais alto que antes, a fim de evitar uma superlotação
Isabelly de Lima Publicado em 16/03/2024, às 09h11
Os turistas que planejam visitar as renomadas Ilhas Galápagos, localizadas no Equador, enfrentarão uma nova política de taxas de entrada, conforme anunciado pelo Ministério do Turismo equatoriano.
A partir de 1º de agosto de 2024, os visitantes serão confrontados com uma taxa de entrada dobrada, uma medida destinada a mitigar as crescentes preocupações sobre o impacto ambiental resultante do aumento do turismo no destino ecológico.
A tarifa de entrada que será implementada variará até US$ 200 (quase R$ 1.000,00) para cidadãos de quase todas as nações, com exceção dos membros do Mercosul, incluindo Argentina, Brasil e Peru.
Os cidadãos desses países pagarão uma taxa de US$ 100 (quase R$ 500,00) por pessoa, o dobro do valor atual de US$ 50 dólares (aproximadamente R$ 250,00). Notavelmente, crianças menores de dois anos desfrutarão de entrada gratuita, independentemente da nacionalidade.
Este aumento marca o primeiro ajuste nas taxas de entrada das Galápagos desde 1998. Niels Olsen, Ministro do Turismo do Equador, afirmou em comunicado compartilhado com o Galapagos Conservation Trust que o propósito por trás do aumento é preservar o tesouro ecológico que são as Ilhas Galápagos.
Ele enfatizou que os recursos adicionais provenientes das taxas serão direcionados para iniciativas de conservação nas ilhas, localizadas a 1.000 quilômetros da costa continental equatoriana.
As Ilhas Galápagos, reconhecidas como Patrimônio Mundial da UNESCO, são um conjunto de mais de 100 ilhas. Conhecidas como um "museu vivo", as ilhas são o lar de diversas espécies raras e ameaçadas de extinção. Apesar de apenas cerca de 30 mil pessoas residirem nas Ilhas Galápagos, o número de turistas anuais chega a aproximadamente 170 mil.
O aumento do turismo tem gerado preocupações ambientais, destacadas pelo Galapagos Conservation Trust. A organização alertou para os impactos negativos, incluindo pressão sobre os sistemas de gestão de resíduos, escassez de água e alimentos, e a ameaça de espécies invasoras, segundo a CNN Brasil.
Isto está a levar os sistemas de gestão de resíduos ao limite, exacerbando a insegurança hídrica e alimentar e aumentando a ameaça de introdução de espécies invasoras devastadoras nas ilhas”, acrescentou a organização em seu site.
Apesar disso, descobertas científicas continuam sendo feitas no arquipélago. No ano passado, os cientistas descobriram um recife de coral até então desconhecido, que se acredita ter milhares de anos.
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