A tripulação foi enviada ao espaço em dezembro do ano passado e voltou em janeiro deste ano; agora, os cientistas compartilham suas curiosas descobertas
Isabela Barreiros Publicado em 09/09/2020, às 17h18
Liderados pelo Dr. Se-Jin Lee, cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Connecticut realizaram um experimento impressionante. Em dezembro de 2019, pesquisadores do Laboratório Jackson em Connecticut enviaram uma tripulação de ratos para o espaço, mais especificamente para a Estação Espacial Internacional.
A bordo da cápsula reutilizável Dragon, da SpaceX, estavam 40 ratos, dentre quais metade havia sido geneticamente modificada pelos especialistas. Eles retornaram em janeiro deste ano, mas muito diferentes do que eram anteriormente. Agora, as considerações sobre esse estudo foram publicadas na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os animais que haviam recebido um tipo de droga de mutação genética, que foram chamados de “Super Mouses”, voltaram à Terra com músculos impressionantes, como se tivessem, de fato, frequentado a academia durante esse período no espaço. Quanto aos roedores comuns, eles tiveram um aumento de massa óssea marcante, além de perda de músculos considerável.
A comparação, no entanto, não parou por aí. Os cientistas também começaram a dar a droga de “super mouse” aos ratos normais enviados ao espaço. De acordo com a pesquisa, eles também passaram a desenvolver mais músculos, de forma mais rápida, que outros roedores que não receberam a substância.
O objetivo do estudo foi compreender as mudanças corporais que ocorrem no espaço, ou ainda mesmo na Terra. A ideia é ajudar os astronautas, no futuro, a continuarem saudáveis durante expedições longas. Existe uma possibilidade ainda de colaborar para descobertas sobre perda de músculos em pessoas que usam cadeiras de roda mesmo no nosso planeta.
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