Com grandes estabelecimentos fechados, roedores tiveram que encontrar alternativa para não passarem fome
A pandemia do novo coronavírus não está afetando somente as pessoas nos Estados Unidos. Por lá, as populações de ratos também sofrem com a crise. Isso porque, com a quarentena, muita gente se trancafiou em casa e os roedores que vivem nas ruas dos grandes centros passaram a encontrar dificuldades para se alimentarem.
“Se você pega ratos que foram estabelecidos na área ou na propriedade de alguém e eles estão indo bem, a razão pela qual eles estão indo bem é porque estão comendo bem”, explica Bobby Corringan, especialista em ratos urbanos, em entrevista à NBC News. "Desde que o coronavírus eclodiu, nada mudou com eles, porque alguém está fazendo o lixo exatamente no mesmo no quintal”.
Porém, os que mais sentiram os efeitos da reclusão social na pele foram aqueles que dependiam do lixo jogado fora por grandes estabelecimentos, como shoppings e restaurantes: "De repente, um restaurante fecha, o que aconteceu aos milhares não apenas na cidade de Nova York, mas ao redor do mundo. O que acontece com os ratos que moravam naquele restaurante, em algum lugar próximo e, talvez por décadas, tendo gerações de ratos que dependiam da comida daquele restaurante? Bem, a vida não está mais funcionando para eles, e eles só têm algumas opções”.
Por isso, as alternativas encontradas pelos roedores foram muito mais severas e macabras: como o canibalismo, por exemplo. Com a mudança para outras colônias, eles também mudaram seus hábitos e passaram a disputar alimentos. Nessa queda de braço animal, só sobrevive quem tiver o exército mais forte.
"É como vimos na história da humanidade, onde as pessoas tentam dominar terras e entram com militares e exércitos e lutam até a morte, literalmente, para ver quem vai conquistar essa terra. E é isso que acontece com ratos”, explica Bobby.
“Então, esses ratos estão brigando, agora os adultos estão matando os filhotes no ninho e canibalizando os filhotes”, concluiu.
Coronavírus nos Estados Unidos
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, que foram apresentados na noite de ontem, 15, os Estados Unidos registraram quase 2.600 mortes em um único dia, um novo recorde no país. Ao todo, por lá, já foram constatados 637.359 casos de infectados, com 28.325 mortes.