Tigre-de-java que pode ter sido visto - Wikimedia Commons, sob licença Creative Commons
Tigre

Raro tigre extinto há 16 anos ainda pode existir, revela DNA de pelo

Um único fio de pelo pode indicar uma suposta existência ao tigre-de-java na Indonésia, que estaria extinto há 16 anos

Isabelly de Lima Publicado em 03/04/2024, às 11h15

Em uma reviravolta emocionante para a conservação da vida selvagem, cientistas anunciaram a descoberta de um único fio de pelo contendo DNA correspondente ao tigre-de-java (Panthera tigris sondaica) em uma cerca na Indonésia. Apesar de considerado extinto há 16 anos, a presença desse vestígio genético suscita a possibilidade de que a espécie ainda exista na natureza.

O achado, documentado na revista científica Oryx em 21 de março, resultou de uma análise minuciosa realizada por cientistas da Agência Nacional de Pesquisa e Inovação da Indonésia (BRIN) em colaboração com conservacionistas.

O pelo foi encontrado próximo a uma vila em Java Ocidental em 2019, instigando um novo olhar sobre a possibilidade da sobrevivência desses felinos majestosos, segundo a Galileu.

Em resposta a essa descoberta promissora, especialistas em genética foram mobilizados para auxiliar as autoridades na condução de pesquisas mais abrangentes, enquanto armadilhas fotográficas foram implantadas para capturar imagens dos tigres-de-java, caso ainda habitem a região.

"O Ministério do Meio Ambiente e Florestas aprecia a pesquisa... há várias ações que estamos fazendo e faremos para responder aos resultados", destacou Satyawan Pudyatmoko, chefe de conservação do ministério do meio ambiente e florestas da Indonésia, para a AFP.

Animal em extinção

Desde 2008, o tigre-de-java foi considerado extinto pela Lista Vermelha da IUCN, mas relatos recentes de avistamentos indicaram uma possível persistência da espécie na floresta de South Sukabumi, em Java Ocidental. Para verificar a autenticidade do pelo, os cientistas compararam a amostra com material de um tigre-de-java coletado em 1930, armazenado no Museu Zoologicum Bogoriense.

Os resultados indicam uma correlação genética significativa, embora estudos adicionais sejam necessários para confirmar a presença contínua desses tigres na natureza.

As árvores filogenéticas mostraram que a amostra de pelo do suposto tigre-de-java pertence ao mesmo grupo que o espécime de museu do tigre, mas é diferenciado de outras subespécies de tigres e do leopardo-de-java", disseram os pesquisadores no estudo.

Se confirmada a existência, o tigre-de-java será considerado uma espécie protegida, reforçando a necessidade de esforços coletivos para preservar seu habitat e garantir sua sobrevivência. "É obrigação de todas as partes, inclusive da sociedade, participar da preservação de sua população", completa Pudyatmoko à AFP.

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