Fóssil da criatura pré-histórica chamada Youti yuanshi - Divulgação/Emma J. Long
Paleontologia

Raio-x revela anatomia de inseto minúsculo que viveu há 520 milhões de anos

Pesquisadores usaram raios-x para escanear um fóssil de 520 milhões de anos, revelando a anatomia interna de uma criatura pré-histórica chamada Youti yuanshi

Luiza Lopes Publicado em 02/08/2024, às 09h20

Pesquisadores usaram raios-x poderosos para escanear um fóssil de 520 milhões de anos, revelando a anatomia interna de uma criatura pré-histórica de tamanho milimétrico chamada Youti yuanshi, um dos primeiros ancestrais dos insetos, aranhas e caranguejos modernos.

O fóssil, preservado em seu estágio larval, foi encontrado em depósitos de rochas no norte da China e estudado no Reino Unido.

Segundo a BBC, os pesquisadores colocaram o fóssil na cabeça de um alfinete para escaneá-lo. Eles utilizaram as instalações do centro de pesquisas Diamond Light Source.

Detalhes microscópicos

Os resultados, publicados na revista Nature, mostraram detalhes surpreendentes como vasos sanguíneos microscópicos, sistema nervoso, regiões cerebrais em miniatura, glândulas digestivas, um sistema circulatório primitivo e vestígios dos nervos que supriam as pernas e os olhos simples da larva.

A cavidade cerebral segmentada revelou o ponto central nas cabeças dos ancestrais de insetos, aranhas e caranguejos modernos, onde mais tarde se desenvolveram seus apêndices como antenas, partes bucais e olhos.

Partes específicas da anatomia foram identificadas, incluindo seu trato digestivo (acima, à direita) e seu cérebro (abaixo, à direita) / Crédito: Divulgação/Martin R Smith/Emma J Long

 

Em entrevista à BBC, o pesquisador Martin Smith, que liderou o estudo, destacou a importância do fóssil por ter sido preservado no estágio larval, oferecendo insights valiosos sobre o desenvolvimento inicial dessas criaturas.

Observar esses estágios iniciais é realmente a chave para entender como essas [formas corporais] adultas são formadas - não apenas pela evolução, mas pelo desenvolvimento. Mas as larvas são tão pequenas e frágeis que as chances de encontrar uma fossilizada são praticamente zero — ou assim eu pensava”, ressaltou.

Além disso, segundo a coautora do estudo, Katherine Dobson, da Universidade de Strathclyde, no Reino Unido, a preservação excepcional do fóssil foi atribuída às altas concentrações de fósforo no oceano onde a larva viveu, o que cristalizou os tecidos do fóssil (via BBC). 

Reino Unido China fóssil raio-x insetos larva Katherine Dobson Estágio larval Martin Smith Youti yuanshi

Leia também

Lápide mais antiga dos EUA, pertencente a cavaleiro inglês, tem mistério revelado


Série sobre o assassinato cometido pelos Irmãos Menendez estreia na Netflix


Polícia apreende 40 toneladas de chifres de veado em armazém ilegal na Argentina


Harry viajará ao Reino Unido, mas Charles está "farto" do filho mais novo


Oscar 2025: Fernanda Torres é candidata ao prêmio de Melhor Atriz por 'Ainda Estou Aqui'


Mulher sofre queimaduras graves ao cair em poço de água termal em Yellowstone