Ernesto Paraqueima, prefeito da cidade de El Tigre - Reprodução / Vídeo
Venezuela

Prefeito venezuelano chama mural de crianças autistas de ‘horrível’ e é detido

O prefeito foi detido pelas autoridades após diminuir trabalho de crianças com espectro autista

Redação Publicado em 04/05/2023, às 19h48

Nesta quinta-feira, 4, o prefeito da cidadevenezuelanade El Tigre, localizada no estado de Anzoátegui, foi preso por acusações de crimes de ódio depois de ter chamado um mural feito por crianças autistas de “horrível”, como informado pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab.

Em um comunicado, Saab explicou que Ernesto Paraqueima foi preso por "promoção e incitação" ao ódio com o agravante de violar a Lei de Proteção de Crianças e Adolescentes e outro contra a discriminação de crianças com transtorno do espectro do autismo. Basicamente, o mural é uma paisagem de montanhas com um céu azul no fundo, que conta com um arco-íris e pombas brancas ao fundo.

Em um áudio que viralizou nas redes sociais, o prefeito disse:

Quem pintou isso? É tão horrível. Me dizem que foram as pessoas das crianças com (síndrome de) Asperger. Foram as crianças? Com o que pintaram? Com os pés? (...) Que coisa horrível, é assustador!”.

Saab recebeu mais cedo uma comissão do Parlamento, com maioria sendo chavista, que pedia a prisão do prefeito, assim como que ele fosse investigado. Paraqueima não pertence nem ao chavismo e nem à oposição tradicional e está no cargo desde novembro de 2021. Anteriormente, ele ocupou a posição entre 2004 e 2008.

Pedido de desculpa

Antes de ser preso, de acordo com a AFP, via UOL, Ernesto afirmou que o áudio em questão foi mandado havia um mês e meio e teria sido “manipulado para tentar tirar do contexto algumas coisas que não eram para serem ditas".

Minha intenção nunca foi ofender crianças com condições especiais [...] Eu sempre disse que são pessoas superinteligentes”, escreveu em publicação.

No último ano, o prefeito dez diversas declarações polêmicas e também depreciativas contra moradores de rua e mulheres. Ele também é investigado por assédio a uma mulher a quem teria enviado mensagens com "obscenidades, vulgaridades e difamações”, segundo Saab, e por “ameaças” a comerciantes.

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