Terra está localizada no centro da fatia retirada do mapa completo - Divulgação/Desi
Universo

Pesquisadores fazem medição mais precisa da expansão do Universo

Novo estudo, do qual pesquisadores de diferentes partes do mundo participaram, apresentou maior mapa 3D do Universo já feito

Giovanna Gomes Publicado em 05/04/2024, às 10h07

Uma equipe de pesquisadores de diferentes partes do mundo utilizou o Instrumento de Espectroscopia da Energia Escura (DESI, na sigla em inglês) para criar o maior mapa 3D já feito do Universo, mapeando a estrutura em larga escala e monitorando aproximadamente 30 milhões de galáxias.

Os novos dados, divulgados nesta quinta-feira, 4, durante uma reunião da conferência científica da Sociedade Americana de Física na Califórnia, Estados Unidos, fornecem informações cruciais sobre a expansão do Universo ao longo de 11 bilhões de anos, com uma precisão superior a 1%.

De acordo com o portal Galileu, esta é a primeira vez que um período tão extenso de expansão cósmica é analisado com tal precisão, oferecendo informações importantes para o estudo da energia escura, uma força ainda enigmática que compõe a maior parte do Universo.

Localizado no Observatório Nacional de Kitt Peak (KPNO), no Arizona, EUA, o DESI possui 5 mil fibras ópticas operadas por um braço robótico, permitindo a observação do céu em grande escala.

Os resultados das novas análises confirmam o modelo de Universo atualmente aceito, conhecido como Lambda-CDM, que inclui matéria comum, matéria escura fria (MDL) e energia escura (Lambda), conforme previsto pela teoria do Big Bang. Enquanto a matéria conhecida e a matéria escura desaceleram a expansão do Universo, a energia escura acelera.

No entanto, essas descobertas levantam novas questões sobre a natureza da aceleração cósmica, que foi observada pela primeira vez em 2011 e rendeu o Prêmio Nobel de Física a três pesquisadores. Essa aceleração desafia certos aspectos da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.

Dúvida

A comunidade científica ainda está dividida sobre o papel exato da energia escura na aceleração cósmica. Alguns acreditam que ela esteja envolvida diretamente, enquanto outros sugerem que ela possa agir como uma constante cosmológica, uma propriedade intrínseca do espaço responsável pela aceleração.

Apesar das divergências, as novas observações sugerem que a energia escura pode ter evoluído ao longo do tempo, adicionando complexidade ao entendimento do cosmos.

+ Confira aqui o comunicado divulgado pelos pesquisadores.

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