Representação do Kamo'oalewa entre a Terra e a Lua - Divulgação/Addy Graham/University of Arizona
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Pedaço perdido da Lua? Origem de asteroide misterioso é debatida por pesquisador

O Kamo'oalewa foi identificado pela primeira vez em 2016

Fabio Previdelli Publicado em 18/11/2021, às 12h00

Em 2016, o telescópio Pan-STARRS 1, no Havaí, descobriu uma rocha que acompanha a Terra e a Lua durante sua trajetória anual em torno do Sol. O corpo celeste ganhou o nome de Kamo'oalewa, que significa algo como "objeto celeste balouçante".

Descobriu-se, posteriormente, que o objeto dá infinitas voltas em torno de nosso planeta, mas nunca se aproximando mais do que 14 milhões de quilômetros — quase 40 vezes mais distante do que nosso satélite natural. Além do mais, ele chega a se distanciar por 40 milhões de quilômetros antes de retornar ao ponto mais perto daqui. 

Segundo a Folha de S.Paulo, estudos apontam que o Kamo'oalewa começou a ‘seguir’ a Terra há cerca de 100 anos, e continuará a perseguição por mais alguns séculos. Porém, um ponto que, até então, gerava dúvida era: de onde veio esse corpo celeste?

Na última quinta-feira, 11, um artigo publicado na Communications Earth & Environment deu uma resposta para essa questão. De acordo com Benjamin Sharkey, da Universidade do Arizona e principal autor do estudo, o corpo celeste parece ser feito do mesmo tipo da matéria magmática congelada que é encontrada na superfície lunar. 

Minha primeira reação às observações em 2019 foi que eu provavelmente tinha cometido um erro", diz Sharkey sobre a ideia inicial de que o Kamo'oalewa era composto de minerais comumente encontrados em asteroides

Porém, na primavera, novas observações mudaram essa ideia. “Os dados não se importam com o que pensamos”, disse o pesquisador, que descreve o objeto celeste como uma pequena versão da Lua. “Fiquei ao mesmo tempo entusiasmado e confuso."

Acredita-se que o Kamo'oalewa pode ser um fragmento da Lua que se soltou após o impacto de um meteoro. A recente descoberta começou a ser analisada em abril de 2017, quando o corpo celeste ficou iluminado depois que a Terra ficou entre ele o Sol. 

Assim, com a ajuda de dois telescópios no Arizona, o Grande Telescópio Binocular e o Telescópio Lowell Discovery, os astrônomos conseguiram identificar seus minerais a partir da luz refletida no objeto. Com isso, constatou-se a presença de silicatos, minerais encontrados em corpos rochosos espalhados pelo sistema solar, muito parecidos com os registrados na Lua.

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