Trecho de vídeo gravado por José Acácio Serere Xavante após sua prisão - Reprodução/Vídeo/YouTube
Atos antidemocráticos

Pastor indígena bolsonarista Serere Xavante é preso em Brasília

José Acácio Serere Xavante foi preso temporariamente por 10 dias, a mando do STF

Redação Publicado em 13/12/2022, às 11h07

Na noite da última segunda-feira, 12, o indígena José Acácio Serere Xavante foi preso em Brasília, acusado de ter se envolvido em protestos antidemocráticos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. A prisão, por sua vez, foi decretada temporariamente, se limitando a apenas 10 dias de detenção, tendo partido da Procuradoria-Geral da República, sob determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o ministro, Serere Xavante foi responsável por ter convocado manifestantes armados a atos para impedir a diplomação dos políticos eleitos — entre eles, o próximo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. "A restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação", afirmou Alexandre de Moraes sobre o decreto.

Alexandre de Moraes / Crédito: Getty Images

 

A decisão do STF aponta também que Xavante estava relacionado a outras manifestações antidemocráticas em diferentes pontos de Brasília, como na frente do Congresso Nacional, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e, além disso tudo, em frente aos locais em que o presidente e o vice-presidente recém-eleitos estão hospedados.

A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", aponta a Procuradoria-Geral da República em documento.

Xavante e revoltas

José Acácio Serere Xavante é um indígena natural de Poxoreu, no Mato Grosso, que já se consolidou entre seus apoiadores como um líder político — embora tenha se candidatado a prefeito de Campinápolis, mas não conseguiu vencer as eleições municipais. Além disso, em suas redes sociais o homem, de 42 anos, se apresenta como sendo pastor evangélico e missionário da Associação Indígena Bruno Ômore Dumhiwê, de acordo com O Globo.

Desde sua prisão, um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro, que estavam envolvidos nos atos antidemocráticos já mencionados, se rebelou e começou a depredar carros e atirar paus e pedras em construções do local. 

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