Os fósseis foram encontrados durante obra sob tubulação na cidade de Auckland, na Nova Zelândia
Redação Publicado em 29/08/2023, às 14h19 - Atualizado às 14h26
Em Auckland, na Nova Zelândia, especialistas encontraram, em um monte de areia que estava sob a Estação de Tratamento de Águas Residuais de Māngere, cerca de 300 mil fósseis que datam de, pelo menos, 3 milhões de anos atrás.
Os restos do Plioceno Superior que foram encontrados em obras no ano de 2020 foram relatados no periódico New Zealand Journal of Geology and Geophysics, no último dia 27.
Os achados que retratam a fauna de 3 milhões de anos foram vistos quando a companhia de água local, a Watercare de Auckland, escavava dois poços verticais grandes que servirão como depósitos de esgoto bruto que é trazido pelo principal oleoduto do centro da cidade. Graças a isso, um leito de conchas foi escavado. Dentre as 226 espécies identificadas, ao menos 10 são desconhecidas para a ciência.
A empresa de água ficou muito empolgada em ajudar assim que soube da importância do então depósito fóssil. Ao longo de alguns meses, um monte de areia foi despejado para que paleontólogos pudessem investigar o local.
De acordo com informações da Galileu, além disso, a companhia também financiou o trabalho de dois pós-graduandos em paleontologia para estudar a pilha. Eles estão sendo supervisionados pela curadoria do Museu de Auckland, Wilma Blom.
Em um comunicado, Bruce Hayward, paleontólogo de Auckland, contou que aqueles restos mortais foram depositados no local há cerca de 3 e 3,7 milhões de anos, quando o canal era coberto somente por água.
Naquela época, o nível do mar estava ligeiramente mais alto do que é hoje, pois o mundo também estava vários graus mais quente do que agora”, explica Hayward. “Como resultado, os fósseis incluem uma série de espécies subtropicais, cujos parentes vivem hoje nas águas mais quentes ao redor das ilhas Kermadec e Norfolk”.
A fauna possui restos de animais que viveram em ambientes diversos, que foram reunidos naquele mesmo local pela ação das fortes correntes de maré e das ondas. Hayward destaca que “a fauna inclui dez espécimes do icônico caracol de linho da Nova Zelândia que deve ter vivido nas terras adjacentes e sido arrastado para o mar pelo escoamento das tempestades”.
Ele ainda conta que descobertas raras foram feitas, tais como um dente de cachalote quebrado, placas dentárias de raias-águia, vértebras de baleia de barbatanas, vários dentes de tubarão-branco e a espinha de um tubarão-serra extinto.
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