Ilustração da ponte construída pelos celtas no final da Idade do Ferro - Divulgação/Parque e Museu Arqueológico, Neuchâtel
Arqueologia

Mistério de 2 mil anos: estudo investigou mortes ocorridas na Idade do Ferro

Estudo recente buscou desvendar mortes misteriosas envolvendo vinte esqueletos encontrados na Suíça no ano de 1965

Giovanna Gomes Publicado em 20/06/2024, às 09h21

Um artigo publicado na última segunda-feira, 17, na revista Scientific Reports revisitou o caso de 20 esqueletos encontrados em 1965 nas ruínas da ponte de Cornaux/Les Sauges, na Suíça. A estrutura foi construída pela cultura celta no final da Idade do Ferro, entre os séculos 3 e 1 a. C.. A causa das mortes, no entanto, permaneceu incerta.

Acreditava-se que as mortes fossem fruto de rituais de sacrifício, comuns na cultura celta, mas a nova análise sugere que uma inundação repentina ou mesmo um tsunami pode ter causado o colapso da ponte, resultando nas mortes. A preservação dos esqueletos e lesões ósseas indicam impacto violento, sem sinais de feridas intencionais.

De acordo com o portal Galileu, a pesquisa revelou que o grupo incluía um adolescente, duas crianças e 17 adultos, majoritariamente homens jovens. Análises isotópicas e paleogenéticas forneceram informações sobre a dieta, residência e DNA dos indivíduos, mostrando diversidade genética e mobilidade entre populações celtas.

Causa incerta

Apesar das novas descobertas, a causa exata das mortes permanece incerta, e o mistério persiste. A pesquisa, no entanto, aprofundou a compreensão da ocupação celta na região, sendo a primeira a realizar análises bioarqueológicas em restos humanos célticos, e confirmou a relevância e diversidade genética da população celta.

“Considerando todos estes elementos, é muito provável que tenha ocorrido um acidente violento e repentino em Cornaux”, disse em comunicado Marco Milella, pesquisador da Universidade de Berna, na Suíça, e coautor do artigo. “Mas esta ponte teve uma vida anterior. Pode ter sido um local de sacrifício, e é possível que alguns cadáveres estivessem ali antes do acidente. Não há motivo que justifique escolher entre as duas alternativas”, destacou.

+ Confira aqui o estudo completo.

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