Fotografia de sítio arqueológico - Divulgação/ N. Golovanov, S. Krubeck & S. Juncker
Arqueologia

Mais antigas do mundo: Fortalezas de 8 mil anos são descobertas na Sibéria

As fortificações recém-exploradas derrubam uma antiga noção da arqueologia a respeito do papel da agricultura nas antigas sociedades

Ingredi Brunato Publicado em 11/12/2023, às 10h33

Na Sibéria, cientistas descobriram incríveis fortificações de 8 mil anos — as mais antigas já descobertas, mostrando que os caçadores-coletores que viviam na região naquela época já eram capazes de erguer fortalezas ao redor de seus assentamentos. 

O achado é incrível pois construções como essas eram anteriormente associadas a sociedades que possuíam agricultura. Este povo siberiano, no entanto, já possuía arquitetura e estruturas sociais complexas, tudo isso sem se dedicar ao plantio de alimentos. Assim, é quebrado o mito que a agricultura e a pecuária são um pré-requisito para a criação de sociedades complexas. 

Nossos novos exames paleobotânicos e estratigráficos revelam que os habitantes da Sibéria Ocidental levavam um estilo de vida sofisticado baseado nos recursos abundantes do ambiente taiga", revelou a arqueóloga Tanja Schreiber, que foi co-autora do estudo responsável por detalhar essas descobertas, segundo repercutiu o Phys.org. 

Esse povo antigo siberiano vivia da caça de alces e da captura de peixes do chamado rio Amnya, que cruza a região. O excedente de comida, por sua vez, era preservado dentro de artefatos de cerâmica fabricados para este propósito. 

Mais detalhes 

Os caçadores-coletores da Sibéria viviam em casas compostas por paredes de terra e madeira, contando ainda com estruturas de defesa para mantê-los protegidos. 

Desenhos mostrando como funcionavam as fortalezas / Crédito: Divulgação/ S. Juncker & H. Piezonka

 

Outro detalhe importante é a proximidade que estes assentamentos tinham do rio Amnya, uma localização estratégica que pode ter servido para que eles controlassem este recurso — sendo destacada também a dinâmica competitiva dentro da qual operavam. 


+ Confira o estudo na íntegra clicando aqui. 

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