O felino, que era ainda um filhote quando faleceu, foi considerado o animal mais bem preservado do período geológico
Vanessa Centamori Publicado em 06/08/2020, às 10h40
Um filhote de leão-das-cavernas de 28 mil anos, conhecido como Spartak, encontrado há alguns anos na Sibéria, foi alvo de um novo estudo, revelando dados surpreendentes sobre a Era do Gelo. Mais precisamente, foi descoberto muito mais a respeito das espécies de leões que influenciaram o habitat do famoso período glacial.
A descoberta, publicada na revista científica Scientific Reports por pesquisadores do Centro de Paleogenética da Suécia, começou por uma análise da história evolutiva dos leões-das-cavernas. Foram estudados genomas de 31 espécimes da Era do Gelo, sendo um deles, o filhote Spartak.
Com isso, os especialistas viram que o animal extinto (Panthera spelaea) fazia parte de uma espécie separada do leão dos dias atuais (Panthera leo), nativos da África subsaariana.
Os leões-das-cavernas possuem um ancestral que não estava presente na história genética dos leões modernos; essa mudança de rumo entre uma espécie e a outra ocorreu há cerca de 1,85 milhão de anos. Depois, há meio milhão de anos, houve a divisão de mais duas subespécies diferentes.
Segundo os pesquisadores, os leões-das-cavernas eram um dos predadores mais comuns da Era do Gelo e foram extintos há 14 mil anos. Acredita-se que eles eram um pouco maiores do que os leões modernos. Mas o que os levou a serem tão diferentes ainda será investigado: "Pretendemos sequenciar genomas nucleares completos de várias amostras, a fim de investigar quais genes fizeram do leão-das-cavernas um leão-das-cavernas", disse em comunicado David Stanton, líder do estudo.
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