Momento em que Érika tenta fazer o idoso assinar o documento de empréstimo - Reprodução/Vídeo/G1
Brasil

Justiça manda soltar mulher que levou idoso morto ao banco para retirar empréstimo

No dia do ocorrido, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) apontou que o idoso de 68 anos estava morto havia de duas horas

Maria Paula Azevedo Publicado em 02/05/2024, às 14h50

A Justiça do Rio determinou a soltura de Érika Souza Vieira Nunes, de 42 anos, que levou o tio já falecido em uma agência bancária na tentativa de retirar um empréstimo. Nesta quarta-feira, 1°, o Ministério Público do Rio (MPRJ) a denunciou pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.

Conforme repercutido pelo jornal Folha de Pernambuco, a juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, acatou uma solicitação da defesa da sobrinha e revogou a prisão preventiva.

Na terça-feira, dia 30, a Polícia Civil do Rio concluiu a primeira fase da investigação do caso, que se concentrou na prisão em flagrante. Contudo, Érika também está sendo investigada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O caso ocorreu no último dia 16 de abril em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Durante o processo penal, o Ministério Público foi contra um pedido da defesa da acusada pela liberdade provisória. Érika foi detida em flagrante logo após o ocorrido e teve sua prisão convertida em preventiva durante a audiência de custódia.

Denúncia

A acusação ressalta que, embora o contrato de empréstimo tenha sido estabelecido pelo idoso Paulo Roberto Braga, enquanto ainda estava vivo, o saque de R$ 17.975,38 não poderia ser efetuado, pois no momento da prisão em flagrante, a vítima já havia falecido.

A denúncia também aponta que Érika tentou se apropriar de um valor que não seria mais destinado ao benefício de seu tio, resultando em um prejuízo para o banco que concedeu o empréstimo.

O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade da denunciada, uma vez que funcionários do banco, verificando que o idoso Paulo Roberto Braga não estava bem, apresentando aspecto pálido e sem condições de assinar documento, acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU, sendo, posteriormente, constatado o óbito do mesmo, fato esse que impediu o saque dos valores pretendidos pela ré”, explica um trecho da denúncia.

A Promotoria também ressaltou em seu depoimento à Justiça o "desprezo e desrespeito" pelo idoso, que foi levado ao banco já falecido para efetuar o saque do dinheiro. "A denunciada consciente e voluntariamente, vilipendiou o cadáver de Paulo Roberto Braga, seu tio e de quem era cuidadora, ao levá-lo à referida agência bancária e lá ter permanecido, mesmo após a sua morte, para fins de realizar o saque da ordem de pagamento supramencionada, demonstrando, assim, total desprezo e desrespeito para com o mesmo", concluiu a denúncia.

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