Realizado em frente à antiga sede de partido fascista, em Roma, no domingo, 7, comício chamou atenção de várias autoridades italianas
Redação Publicado em 09/01/2024, às 10h02
No último domingo, 7, um comício realizado em Roma, na Itália, chamou grande atenção de autoridades italianas. Isso porque, além de ter sido promovido por manifestantes de extrema-direita e realizado em frente à antiga sede do grupo neofascista Movimento Social Italiano (MSI) — que posteriormente originou o partido conservador Irmãos da Itália, cofundado pela atual primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni —, as pessoas ali presentes fazem ainda uma antiga saudação fascista.
Todos os anos, grupos de extrema-direita se unem na Itália para homenagear três neofascistas que foram assassinados em 1978 na Via Acca Larentia, no sudeste da capital italiana, por supostos militantes de extrema esquerda e pela polícia. Até hoje, ninguém foi julgado pelo possível acontecimento.
+ Fascismo: Afinal, é de direita ou de esquerda?
Em vídeo que registra o recente evento, é possível assistir filas de homens realizando saudações com os braços, enquanto gritam "presente" três vezes, em resposta a um outro que dizia "Por todos os companheiros mortos!" (uma frase tipicamente repetida em eventos semelhantes).
Absolutely abhorrent.
— European Jewish Congress (@eurojewcong) January 8, 2024
Hundreds of black-shirted Fascists gathered at a rally in Rome, where they performed the "saluto al Duce", the Fascist salute.
That gesture is from the darkest chapter of our history and must be left there. pic.twitter.com/ShkCKt0dLP
Após a repercussão do comício e de seus acontecimentos, Antonio Tajani, ministro das Relações Exteriores e líder do partido moderado Forza Italia afirmou, segundo o g1, que quaisquer celebrações da ditadura no país não deveriam ser toleradas: "Há uma lei que estabelece que não se pode fazer apologia do fascismo em nosso país", reforça.
Vale mencionar que além das demonstrações pró-fascistas, também é proibida a reorganização do antigo partido fascista dissolvido de Mussolini. Porém, para burlar esse problema, os grupos de extrema-direita dão novos nomes às organizações, e alegam se tratar de novas entidades.
O que aconteceu é inaceitável. Os grupos neofascistas devem ser dissolvidos, conforme determina a Constituição. Meloni, não tem nada a dizer?", indagou Elly Schlein, líder do Partido Democrata.
Até o momento, nem a premiê italiana e nem seu partido comentaram o ocorrido. Quando mais jovem, Meloni chegou a elogiar Mussolini; porém em 2021 mudou sua posição, e disse que em seu partido não havia "espaço para a nostalgia do fascismo, racismo ou antissemitismo".
+ Premiê italiana de extrema-direita critica lei racial de Mussolini: 'Uma vergonha'
'Ressuscita' gata utilizada por Trump para atacar imigrantes com boato
Lápide mais antiga dos EUA, pertencente a cavaleiro inglês, tem mistério revelado
Série sobre o assassinato cometido pelos Irmãos Menendez estreia na Netflix
Polícia apreende 40 toneladas de chifres de veado em armazém ilegal na Argentina
Harry viajará ao Reino Unido, mas Charles está "farto" do filho mais novo
Oscar 2025: Fernanda Torres é candidata ao prêmio de Melhor Atriz por 'Ainda Estou Aqui'