Irmãos Menendez: Possível recomendação de nova sentença será anunciada hoje

O escritório do Promotor Distrital do Condado de Los Angeles, George Gascón, anunciou que nesta quinta-feira, 24, será divulgada a decisão sobre a possível recomendação de uma nova sentença para Erik e Lyle Menendez, informou a revista People.

O comunicado à imprensa especifica que Gascón realizará uma conferência de imprensa às 13h30, horário local, no Hall da Justiça, localizado no centro de Los Angeles.

A decisão surge após uma análise detalhada de novas evidências apresentadas no caso, bem como da conduta e reabilitação dos irmãos durante o período de encarceramento. Embora Gascón tenha a autoridade para recomendar uma nova sentença, cabe ao juiz a decisão final.

Lyle Menendez, atualmente com 56 anos, e Erik Menendez, com 53 anos, cumprem penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, condenados pelo assassinato em primeiro grau dos pais José e Kitty Menendez.

Lyle tinha 21 anos e Erik 18 quando dispararam contra seus pais na residência da família em Beverly Hills, Califórnia, em 20 de agosto de 1989.

Evidências

Desde 2023, o escritório de Gascón está avaliando uma petição de Habeas Corpus apresentada pelos advogados dos irmãos no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, que destaca novas provas.

Entre as novas alegações está o relato de Roy Rosselló, ex-integrante da banda porto-riquenha Menudo, que acusa José Menendez de agressão sexual na década de 1980.

Além disso, foi descoberta uma carta escrita por Erik a um primo já falecido, Andy Cano, onde descreve os abusos sexuais supostamente cometidos pelo pai meses antes dos assassinatos.

Apelo

Na conferência realizada em 3 de outubro, Gascón declarou que seu escritório está aberto à possibilidade de reavaliar as sentenças dos irmãos Menendez. Na semana anterior, familiares dos irmãos realizaram uma coletiva pedindo a libertação deles, ressaltando as alegações de abuso sexual sofrido por ambos nas mãos do pai.

Gascón reconheceu que os irmãos são culpados pelos assassinatos; no entanto, frisou que seu escritório tem a obrigação moral e ética de considerar se as novas provas poderiam ter influenciado o veredicto original.

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