Erik e Lyle Menendez - Getty Images
Irmãos Menendez

Irmãos Menendez: Jurada relembra julgamento e pede a libertação de Lyle e Erik

Após a estreia de "Irmãos Menendez: Assassinos dos pais", uma jurada relembrou o caso e pediu a libertação de Lyle e Erik

Thiago Lincolins Publicado em 23/09/2024, às 11h00 - Atualizado às 11h48

Um crime que chocou os Estados Unidos em 1989 é relembrado em "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais", a segunda temporada da antologia "Monstro", da Netflix.

Misturando fato e ficção, a produção relembra o polêmico caso de Lyle e Erik, irmãos condenados por assassinar os próprios pais, José e Kitty Menendez. 

Lyle e Erik tinham 21 e 18 anos, respectivamente, quando mataram seus pais na mansão da família em Beverly Hills, no dia 20 de agosto de 1989. Os irmãos confessaram os assassinatos e a acusação argumentou que o motivo seria a herança.

Além de mostrar o crime, as investigações e os polêmicos julgamentos dos rapazes, a série da Netflix também mostra o peso do júri, que, na primeira oportunidade, ficou dividido entre homicídio ou homicídio culposo, resultando na anulação do julgamento.

No segundo julgamento, ocorrido em 1995, o juiz descartou as alegações de abuso. Os Menendez foram considerados culpados de assassinato e sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Com a estreia da série da Netflix, uma das juradas que participou do julgamento dos irmãos relembrou o caso em entrevista ao New Idea.

Hazel Thornton foi uma das pessoas que acreditou na versão dos irmãos, que alegavam que os assassinatos ocorreram em legítima defesa, após anos de abuso físico e mental sofrido por parte dos pais.

"Erik estava em frangalhos," disse ela, hoje com 67 anos e residente em Albuquerque, Novo México. "Eles não queriam contar sua história – era embaraçoso para eles [relembrar o abuso]. Mas era convincente e tão crível".

Thornton também relembrou que muitas testemunhas da defesa apoiaram os relatos de que os irmãos sofriam abuso. 

"No julgamento houve muitas testemunhas falando sobre a negligência de José, além de abusos físicos, mentais e emocionais", relembrou ela, que acredita que a defesa não conseguiu defender o caso como deveria.

Para Hazel, os Menendez são inocentes: "É hora de deixá-los ir".

Evidências

Novas evidências apoiam a versão da história contada por Lyle e Erik. Entre essas provas, está uma carta escrita por Erik para seu primo antes dos assassinatos, mencionando os abusos sofridos.

Além disso, um ex-integrante da boy band porto-riquenha Menudo afirmou ter sido estuprado por José quando adolescente. Na época, José era executivo da gravadora RCA Records.

Agora, apoiadores dos Menendez esperam que as novas evidências, atualmente sob revisão de um juiz em Los Angeles, resultem na libertação de Lyle e Erik, que têm 56 e 53 anos respectivamente.

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