Severamente danificada pela agricultura local, a enorme pintura pré-hispânica pode ter sido usada durante rituais de fertilidade
Pamela Malva Publicado em 24/03/2021, às 11h00 - Atualizado às 11h14
Há cerca de duas semanas, enquanto semeavam abacates e canas-de-açúcar em um vale na província de Virú, em Lima, no Peru, agricultores locais encontraram algo curioso. Segundo o G1, trata-se de um raro mural pré-hispanico de 3,2 mil anos.
Criada com pigmentos ocre, amarelo, cinza e branco, a pintura representa uma aranha segurando uma faca, de acordo com os arqueólogos. Ainda mais, acredita-se que o mural remonte à cultura Cupisnique, que se desenvolveu na região há 3 mil anos.
Partindo do que sabem sobre a antiga civilização, os pesquisadores sugerem que a pintura poderia estar associada à fertilidade. Dessa forma, estima-se que o local onde o mural foi criado teria sido palco de cerimônias religiosas para alguma divindade.
“A iconografia que estamos observando a olho nu, porque ainda não foram feitas pesquisas, indica que foi um templo dedicado às divindades da água", já que a construção está localizada em uma região próxima ao rio, segundo afirmou o arqueólogo Régulo Franco, em entrevista à Agência Andina.
O problema é que, após análises iniciais na obra, os pesquisadores descobriram que ela foi muito mais danificada do que o esperado. De acordo com Franco, quase 60% do morro que abriga a pintura foi destruído pela agricultura local.
Com a ajuda das máquinas de cultivo, os agricultores da região buscaram expandir suas terras para aumentar o fluxo de produção. Então, conforme avançavam pelo terreno de La Libertad, acabaram passando por cima do mural milenar, segundo os cientistas.
Agora, a fim de proteger o pouco que resta da obra de 3,2 mil anos, o diretor da Direção Descentralizada de Cultura de La Libertad, Jhon Juárez Urbina, afirmou que medidas de emergência serão colocadas em prática na região.
Enquanto o órgão busca formas de proteger a integridade da obra, as autoridades ainda abriram um processo de declaração e delimitação da área do mural. Tendo em vista a importância arqueológica da obra, a ação deve garantir uma zona de proteção em torno da importante pintura pré-hispânica.
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