Pablo Escobar e hipopótamo - Divulgação
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Hipopótamos de Pablo Escobar ajudaram a resgatar traços de animais extintos, revela estudo

Os quatro animais, vindos do zoológico privado do narcotraficante, se reproduziram e hoje são até 100 indivíduos

Vanessa Centamori Publicado em 23/03/2020, às 17h26

O narcotraficante Pablo Escobar mantinha um zoológico privado com várias espécies de animais exóticos - entre eles, quatro hipopótamos. Desde que o império construído pelo criminoso caiu na década de 1990, todos os animais, exceto os hipopótamos, foram para zoológicos legalizados.

Os hipopótamos se reproduziram na natureza para uma quantidade de até 100 indivíduos. Por muito tempo, especialistas acreditaram que eles estavam atuando como espécies invasoras, danificando ecossistemas da América do Sul. No entanto, um novo estudo mostrou que esse pode não ser o caso: na verdade, os animais estão ajudando a resgatar características de animais extintos. 

Os pesquisadores compararam características dos animais de Pablo Escobar com outros que viveram no passado, há milhares de anos, e descobriram que muitos traços evolutivos foram recuperados pelos bichos do narcotraficante. 

Imagem mostra relação entre hipopótamo, outros animais atuais e espécie extintas / Crédito: Universidade do Kansas/ Oscar Sanisidro

 

“Enquanto descobrimos que alguns herbívoros introduzidos na natureza fazem combinações ecológicas perfeitas com espécies extintas, em outros casos as espécies introduzidas representam um mix de traços vistos naquelas extintas”, explicou o co-autor do estudo, John Rowan, da Universidade de Massachusetts.

Segundo o profissional, hipopótamos presentes na América do Sul possuem, por exemplo, dieta e tamanho do corpo parecido com o de ilhamaz extintas. Já um tipo de mamífero conhecido como Notoungulata possui o mesmo tamanho gigante e o habitat semiaquático dos hipopótamos. 

Claro, os hipopótamos de Escobar, assim como nenhum outro, são capazes de trazer de volta à vida espécies que viveram no passado. Porém, eles ajudam a resgatar o comportamento e traços biológicos que só eram vistos há milhares de anos, trazendo riqueza à fauna atual. Os cientistas estimaram que cerca de 64% dos herbívoros que são introduzidos artificialmente na natureza possuem tais características já extintas há tempos. 

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