Hipopótamo William - Divulgação/Metropolitan Museum of Art
Antigos egípcios

Hipopótamo 'William': Uma janela para o passado egípcio

Uma estatueta azul brilhante de hipopótamo revela a complexa relação dos antigos egípcios com esses animais e a arte funerária

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 08/07/2024, às 19h10

Dentro de um poço associado a uma capela tumular em Meir, um antigo cemitério egípcio próximo à cidade de Asyut, arqueólogos descobriram uma estatueta de hipopótamo azul.

Este material cerâmico, feito parcialmente de quartzo moído, conferiu à estatueta uma coloração azul vibrante, adornada com desenhos de flores de lótus. Essas flores simbolizam regeneração e renascimento, reforçando o papel significativo deste artefato na cultura funerária egípcia.

Datada entre 1961 a 1878 a.C., a estatueta oferece um vislumbre do passado egípcio, revelando a coexistência entre humanos e hipopótamos. De acordo com o Metropolitan Museum of Art, os antigos egípcios temiam esses animais, considerados perigosos e agressivos, especialmente quando provocados.

Hipopótamos frequentemente destruíam campos de cultivo, causando estragos nas colheitas. Um papiro antigo descreve, por exemplo, uma safra devastada, onde "o verme levou metade e o hipopótamo comeu o resto".

Caçar hipopótamos era uma prática comum e um esporte entre os antigos egípcios. Usando arpões, eles capturavam esses animais, que simbolizavam o caos. Infelizmente, devido à caça excessiva, os últimos hipopótamos selvagens desapareceram do Egito no início do século XIX.

A história de William

A estatueta de hipopótamo, medindo aproximadamente 20 centímetros por 11 centímetros, é um exemplo de como esses animais eram retratados na arte egípcia. Ao ser descoberta, três de suas pernas estavam faltando, possivelmente quebradas intencionalmente para evitar que a figura causasse danos na vida após a morte, explica o Met Museum.

Em 1931, o artefato ganhou o apelido de William após a revista de humor britânica Punch publicar um desenho animado sobre o hipopótamo. Desde então, se tornou uma peça icônica e querida, representando não apenas a arte e a cultura egípcia, mas também as histórias e os mitos que moldaram uma civilização antiga.


*Sob supervisão;

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