Ataques relativos ao caso de Dom Philips e Bruno Pereira foram realizados contra o presidente da Funai em junho, durante assembleia na Espanha; A fundação pediu direito de resposta ao site Aventuras na História
Redação Publicado em 01/09/2022, às 13h20 - Atualizado às 13h26
No último dia 21 de julho, o site Aventuras na História, com informações da Coluna de Jamil Chade, no UOL, noticiou que o presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva, foi expulso de uma assembleia na Espanha relacionada à FILAC — o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe.
A FILAC não é um órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), e foi criado para marcar uma nova relação entre os estados e os povos indígenas. A adesão do Brasil ao órgão foi assinada pelo presidente Fernando Collor de Mello, na época em que governava o país.
Durante a 15ª Assembleia Geral da Filac, ocorrida na cidade de Madri, Ricardo Rao, ex-funcionário da Funai, alegou que não havia motivo para Marcelo Xavier estar naquela sala, e o responsabilizou pelas mortes do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
Esse homem não pertence aqui", gritou Ricardo Rao durante o evento, enquanto apontava para o presidente da Funai. "Esse homem é um assassino, esse homem é um miliciano. Ele é responsável pela morte de Bruno (Pereira) e Dom Phillips. Você é um miliciano, bandido".
Após a acusação, a Funai explicou que o presidente da Funai se retirou voluntariamente do local, assim como Rao — indigenista que não vive mais no Brasil desde que recebeu ameaças de morte.
Após o ocorrido, a assessoria de comunicação da Funai enviou uma carta ao site Aventuras na História, na qual justifica o ocorrido, em que repudia os ataques ocorridos durante o evento na Espanha. Confira:
"A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem a público manifestar repúdio aos ataques verbais proferidos contra o presidente da fundação, Marcelo Xavier, nesta quinta-feira (21), em Madri, na Espanha, durante a XVI Assembleia Geral Extraordinária do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (Filac).
A Funai lamenta o ocorrido e destaca que tais atitudes são irresponsáveis, violentas e antidemocráticas, inviabilizando, assim, qualquer tipo de diálogo sadio e producente, que deve ser sempre pautado no respeito entre as partes. A fundação entende que não se constroem políticas públicas na base de ofensas e argumentos destituídos de fundamento e provas. Tais atitudes não são compatíveis com o Estado Democrático de Direito.
A fundação informa ainda que, sobre o caso, foram tomadas providências junto à Polícia Judiciária da Espanha. É importante ressaltar que, por motivos de segurança, o presidente da Funai optou por sair voluntariamente do local do evento, dada a atitude hostil e agressiva do manifestante. Inclusive, os lamentáveis ataques serão objeto de ação judicial por crime contra a honra e ação de indenização por danos morais.
O manifestante que proferiu de forma agressiva os ataques verbais foi funcionário da Funai até o ano de 2020, tendo sido exonerado na ocasião por não ter cumprido as condições de estágio probatório. Por fim, a fundação reforça que, enquanto instituição pública, calcada na supremacia do interesse público, não coaduna com nenhum tipo de conduta ofensiva, repudia qualquer forma de desrespeito e segue aberta ao diálogo com os diferentes setores da sociedade".
Assessoria de Comunicação/Funai*
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