Omar Bin Laden e seu pai, Osama Bin Laden, antigo líder da Al-Qaeda - Getty Images
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Filho de Bin Laden relembra infância: 'tento esquecer todos os momentos ruins'

Em entrevista ao The Sun, Omar Bin Laden, filho do antigo líder da Al-Qaeda, contou detalhes de sua infância nunca antes revelados

Éric Moreira Publicado em 03/12/2022, às 09h31

Omar Bin Laden é um artista de 41 anos, mas que apesar de possui considerável carreira artística promissora, é conhecido principalmente pelo impacto do nome que herdou de seu pai, Osama Bin Laden. Osama foi um dos homens mais procurados do mundo por bastante tempo, tendo sido o responsável pelo atentado às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, o que o fez ser considerado um terrorista.

Recentemente, em entrevista ao jornal britânico The Sun, o quarto filho de Osama Bin Laden relembrou de alguns detalhes de sua infância, ao lado de seu pai, e embora hoje diga ser um homem feliz e realizado, afirma que cresceu traumatizado e chegou a desenvolver síndrome do pânico quando ainda jovem. Para ele, como informado pelo UOL, o atentado de 11 de setembro de 2001 foi o ápice de uma infância traumática.

Eu só tento esquecer todos os momentos ruins o máximo que posso. É muito difícil. Você sofre o tempo todo", afirma Omar.
Omar Bin Laden, filho de Osama Bin Laden / Crédito: Getty Images

 

Infância traumática

Omar nasceu em 1981, na Arábia Saudita, fruto do relacionamento entre seu pai com a primeira esposa, Najwa — de quem herdou o gosto pela pintura. Porém, quando tinha 15 anos, foi selecionado pessoalmente por Osama Bin Laden para acompanhá-lo em Tora Bora, um complexo de cavernas no Afeganistão. Segundo Omar, embora ele nunca tivesse interesse em ser membro da Al-Qaeda, foi lá que teve grande contato com o grupo e teve algumas de suas vivências mais marcantes da infância.

Foi em Tora Bora que Omar Bin Laden, além de ter aprendido a atirar com fuzis AK-47 e a dirigir um tanque de guerra russo, também experienciou um dos momentos que mais o chocou em vida: a morte de seus cães de estimação. De acordo com o artista, os animais foram mortos em experimentos de armas químicas encabeçados pelo pai, e teria ficado "enojado" com a situação.

"Meu pai nunca me pediu que eu fizesse parte da Al Qaeda, mas disse que eu era o filho escolhido para continuar seu trabalho. Ele ficou desapontado quando eu disse que não era adequado para aquela vida", contou em entrevista. Além disso, quando questionado sobre a escolha do pai para que fosse seu sucessor, Omar não soube explicar: "Não sei, talvez porque eu fosse o mais inteligente. Por isso estou vivo hoje."

Osama e Omar

Omar deixou seu pai em Tora Bora em abril de 2001, apenas cinco meses antes do que viria a ser conhecido no mundo todo como um dos mais famosos atentados terroristas da história. Porém, nunca soube que o momento marcaria o último contato entre eles, e dez anos depois, enquanto vivia no Qatar, descobriu pela imprensa que seu pai havia sido morto.

Osama Bin Laden / Crédito: Getty Images

 

Achei que estava tudo acabado e que não ia mais sofrer. E eu me enganei, porque as pessoas ainda me julgam até hoje", conta o pintor.

Apesar das histórias traumáticas, Omar também lamentou durante a entrevista que seu pai não teve a oportunidade de ter um funeral, e expressou que acredita que o relato oficial, de que o corpo tivesse sido jogado ao mar, seja mentira. "Acho que levaram o corpo dele para os EUA, para as pessoas verem", finaliza.

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