Marcelo Arruda foi morto durante seu aniversário, em 2022, em uma festa temática sobre o partido do atual presidente Lula; família será indenizada
Isabelly de Lima Publicado em 08/02/2024, às 08h45
Na quarta-feira, 7, a Justiça Federal de Foz do Iguaçu homologou um acordo entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e a família de Marcelo Arruda, guarda municipal assassinado em julho de 2022 pelo agente penitenciário federal Jorge Guaranho, após uma discussão política.
O acordo estipula o pagamento de R$ 1,7 milhão à companheira e aos quatro filhos de Arruda como indenização por danos morais e pensão. A quantia foi calculada com base na pensão que seria devida aos filhos, proporcionalmente à idade de cada um.
Além disso, a AGU se comprometeu a ingressar com uma ação regressiva para cobrar do autor do crime o ressarcimento da quantia paga aos familiares da vítima, segundo a CNN Brasil.
A procuradora Nacional da União de Negociação, Clara Nitão, destacou em nota que o avanço da autocomposição nas fases iniciais do processo. "Essa postura colaborativa entre as partes visa a pacificação social, permitindo a minoração do sofrimento dos envolvidos", afirmou.
O homicídio ocorreu durante a festa de 50 anos de Arruda, cujo tema era o Partido dos Trabalhadores (PT), em um clube de Foz do Iguaçu, Paraná. Na noite de 9 de julho de 2022, meses antes da eleição presidencial, Jorge Guaranho, bolsonarista, invadiu a festa e atirou em Arruda após uma discussão política, resultando na morte do guarda municipal.
O caso ganhou repercussão nacional e foi condenado por diversas entidades e autoridades políticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou com a família de Arruda quando a tragédia aconteceu.
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