O CEO da OceanGate e foto do submersível - Divulgação/OceanGate
Titan

Ex-conselheiro da OceanGate culpa ego de capitão por tragédia: “Arrogante”

Rob McCallum disse que a implosão do submersível seria evitável e afirmou que capitão Stockton Rush será lembrado como um 'indisciplinado da pior maneira'

Fabio Previdelli Publicado em 17/06/2024, às 12h01

Stockton Rush, capitão do submersível Titan — que implodiu de maneira catastrófica durante viagem aos destroços do Titanic —, será lembrado como um 'indisciplinado da pior maneira', disse um de seus colegas. 

+ Após tragédia que matou cinco, outra empresa quer visitar os destroços do Titanic

Segundo o especialista em exploração submarina e ex-conselheiro da OceanGate, Rob McCallum, a implosão da embarcação e a perda de cinco vidas durante uma visita ao famoso naufrágio de 1912 (que está cerca de 4 mil metros de profundidade, no fundo do Oceano Atlântico) seriam totalmente evitáveis​ se não fosse o ego e a imprudência de Rush.

McCallum ainda acusou o capitão de ser precipitado e displicente ao projetar seu submarino e colocá-lo debaixo d'água, descartando a ideia de certificá-lo por terceiros para garantir sua segurança.

Stockton será lembrado como um arrogante, indisciplinado da pior maneira", disse Rob ao NY Post. "Stockton acreditava em sua própria capacidade e não estava preparado para uma visão de terceiros".

Por fim, o especialista acrescentou: "A maioria dos submersíveis é mantida em um padrão rigoroso, ao qual o Titan não foi submetido. O fato de não ter sido mantido no padrão é o que o tornou arriscado para mergulho em águas profundas".

A viagem do Titan

Em 18 de junho de 2023, o submersível Titan partiu com cinco passageiros a bordo: Rush, 61; o especialista francês do Titanic Paul-Henri Nargeolet, 77; e os turistas Hamish Harding, 58; o empresário Shahzada Dawood, 48; e seu filho, Suleman Dawood, 19; em uma viagem aos destroços do Titanic.

Os passageiros pagaram até US$ 250.000 (cerca de R$ 1,35 milhão) cada um para embarcar no submarino — que perdeu a comunicação com o navio de superfície cerca de 1 hora e 45 minutos após o início da viagem, pouco antes de chegar ao naufrágio.

Acreditando que os passageiros ainda pudessem estar vivos, um esforço internacional monumental para localizá-los foi montado nos angustiantes dias seguintes. Mas, dias depois, a Guarda Costeira confirmou a implosão do veículo aquático e a morte de toda a tripulação. 

+ Titan: Investigação sobre submarino que implodiu não avança

Uma das principais falhas no projeto do Titan era que o casco do submersível, dentro do qual os passageiros se sentavam, era feito em grande parte de fibra de carbono, enquanto todos os outros navios de águas profundas são feitos de titânio ou aço para lidar com as enormes pressões do oceano profundo.

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