Segundo promotores, a ex-funcionária recebia bolsas de grife e outros presentes de luxo em troca de informações para o governo sul-coreano
Giovanna Gomes Publicado em 17/07/2024, às 09h34
Promotores dos Estados Unidos formalmente acusaram Sue Mi Terry, uma ex-analista da CIA e funcionária da Casa Branca, de trabalhar como agente do governo sul-coreano em troca de bolsas de luxo e outros presentes.
Terry, conhecida na política externa dos EUA, tinha um gosto refinado por marcas de grife e sushi de alta qualidade. Ela aceitou itens de luxo e outros presentes em troca de servir o governo sul-coreano, inclusive apresentando espiões sul-coreanos a servidores do Congresso.
A acusação, apresentada pelo procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, faz parte de um esforço do Departamento de Justiça para combater a influência estrangeira nos assuntos internos dos EUA.
De acordo com o portal O Globo, Terry é acusada de atuar como agente estrangeira desde 2013, cinco anos após deixar a CIA. Ela foi abordada por uma autoridade de inteligência sul-coreana se passando por diplomata da missão coreana nas Nações Unidas. Em troca de seu trabalho, a mulher recebeu bolsas, roupas e pelo menos US$ 37 mil em dinheiro, via pagamentos secretos ao think tank onde trabalhava.
Sue Mi não se registrou como agente estrangeira, conforme exigido por lei, e enfrenta duas acusações formais: uma por não se registrar sob a Lei Federal de Registro de Agentes Estrangeiros e outra por conspirar para violar essa lei.
Seu advogado, Lee Wolosky, afirmou que as alegações são infundadas e distorcem o trabalho de Terry, uma acadêmica e analista independente. Wolosky destacou que sua cliente não tem acesso a informações de segurança há mais de uma década e que suas opiniões sobre a Península Coreana sempre foram consistentes.
Os promotores alegam que Terry começou ajudando a promover opiniões favoráveis à Coreia do Sul em artigos, e depois facilitou reuniões entre novos servidores do governo Trump e agentes de inteligência sul-coreanos. Durante uma entrevista ao FBI em junho de 2023, Terry admitiu que deixou a CIA devido a problemas com seus contatos com o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul.
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