Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante - Divulgação/Redes sociais / Divulgação/Vídeo/g1
Anestesista

Equipe de hospital que denunciou anestesista mostra como estupro foi filmado

A equipe que realizou a denúncia já desconfiava de Giovanni Bezerra

Redação Publicado em 12/07/2022, às 13h24

Giovanni Quintela Bezerra ficou conhecido na última semana como um médico anestesista que estuprou uma mulher durante procedimento de cesariana no RJ.

O homem foi preso em flagrante, logo após o fim da cirurgia, após a denúncia com prova em vídeo do ocorrido, nesta segunda-feira, 11.

Enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher Heloneida Studart de Vilar dos Teles, na cidade de São João de Meriti, contaram à Polícia Civil como se planejaram para que pudessem gravar o anestesista durante a cesariana.

A equipe já desconfiava do médico, e suspeitava pela dosagem alta de anestesia aplicada e movimentos estranhos do homem enquanto trabalhava.

Giovanni foi preso após ter sido filmado colocando o pênis na boca da paciente dopada, tendo o vídeo servido de prova para que a prisão em flagrente pudesse ter ocorrido. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, crime cuja pena varia entre 8 e 15 anos de prisão.

A câmera utilizada para gravar o momento do crime estava posicionada dentro de um armário com vidro escuro, de forma que não fosse possível vê-la ali dentro.

A posição escolhida para a gravação foi determinante para que o estuprador fosse descoberto, visto que o anestesista é o único da equipe a ficar ao lado do rosto da gestante e um pano na vertical impede que a equipe veja o rosto da paciente.

Trecho de vídeo em que é mostrado posicionamento do celular na sala de cirurgia / Divulgação/Vídeo/g1

 

"Reprovável"

A direção do Hospital da Mulher Heloneida Studart de Vilar dos Teles informou que vai abrir uma sindicância interna para que pudessem apurar outras acusações de estupro realizadas durante cesárias na unidade de saúde. O Conselho de Medicina do Rio de Janeiro também foi notificado, como informado pelo g1.

É estarrecedor, muito reprovável, é gravíssimo que um crime desse tipo seja praticado por um profissional que lida com mulheres, que estava trabalhando dentro de um hospital destinado a mulheres", acrescentou Bárbara Lomba, delegada responsável pelo caso.
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