Entenda por que o maior planeta do Sistema Solar é inabitável e o motivo de uma de suas luas, Europa, ser alvo de tantas pesquisas
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 21/11/2024, às 13h53
Há décadas, a humanidade olha para o cosmos com fascínio, sonhando em desvendar os mistérios de outros mundos. A Lua já foi conquistada, e Marte se tornou um dos principais alvos da exploração espacial. No entanto, um gigante gasoso, o maior planeta do nosso sistema, permanece inatingível: Júpiter.
Composto principalmente por hidrogênio e hélio, Júpiter não possui uma superfície sólida como a Terra. É um turbilhão de gases e líquidos em constante movimento, o que torna qualquer tentativa de pouso uma missão impossível. A pressão atmosférica é esmagadora, as temperaturas são extremas, e os ventos podem atingir velocidades de mais de 500 quilômetros por hora.
"Seria como 100 milhões de atmosferas terrestres pressionando você — ou o equivalente a dois prédios do Empire State em cima de cada centímetro quadrado do seu corpo", descreve o professor Benjamin Roulston, da Universidade de Clarkson (EUA), em artigo publicado no 'The Conversation'.
Embora Júpiter seja um mundo hostil, uma de suas luas, Europa, tem despertado grande interesse dos cientistas. Sob uma espessa camada de gelo, Europa esconde um oceano global de água salgada, um ingrediente fundamental para a vida como a conhecemos. A presença de elementos como oxigênio e carbono aumenta ainda mais a possibilidade de encontrar formas de vida microbianas nesse oceano subterrâneo.
A missão Europa Clipper da NASA, lançada em 2023, tem como objetivo estudar Europa em detalhes, coletando dados sobre a espessura da camada de gelo, a composição da lua e a natureza de seu oceano. Os cientistas esperam que essa missão possa responder a uma das perguntas mais intrigantes da astrobiologia: existe vida além da Terra?
Explorar Júpiter e suas luas é um desafio complexo e caro. As distâncias envolvidas são enormes, e as condições extremas do ambiente espacial exigem o desenvolvimento de tecnologias avançadas e resistentes. No entanto, os benefícios potenciais dessa exploração são imensuráveis.
Segundo a CNN, além de ampliar nosso conhecimento sobre o Sistema Solar, a busca por vida em Europa pode revolucionar nossa compreensão da origem e evolução da vida no universo.
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