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Notícias / Reino Unido

Ondas de calor marinhas ameaçam vida marinha e economia britânica

Novo estudo do centro de oceanografia alerta para impactos devastadores do aquecimento dos oceanos nas costas do Reino Unido

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/11/2024, às 12h30

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Imagem ilustrativa do oceano - Getty Images
Imagem ilustrativa do oceano - Getty Images

A Grã-Bretanha está à beira de uma crise ambiental. Um novo relatório do Centro Nacional de Oceanografia (NOC) revela que o país está cada vez mais vulnerável a ondas de calor marinhas, eventos extremos que podem ter consequências catastróficas para a vida marinha, a pesca e as comunidades costeiras.

O aumento das temperaturas globais está intensificando e tornando mais frequentes essas ondas de calor, que causam um aumento drástico na temperatura da água do mar em um curto período de tempo. No verão de 2023, o Reino Unido experimentou uma dessas ondas, com temperaturas recordes no Mar do Norte e no Atlântico Norte.

As consequências dessas ondas de calor são devastadoras. Elas podem causar o branqueamento de corais, a proliferação de algas nocivas, a morte em massa de peixes e a destruição de habitats marinhos essenciais, como as pradarias de ervas marinhas. Além disso, essas ondas podem levar à redução da captura de peixes, impactando negativamente a economia das comunidades costeiras.

"Ondas de calor marinhas têm impactos catastróficos e precisamos estar preparados para elas. Precisamos saber como essas ondas de calor marinhas afetarão as plantas e os animais que vivem no mar e encontrar maneiras de protegê-los", disse Dra. Zoe Jacobs no relatório.

O relatório

O relatório do NOC destaca três regiões do Reino Unido que são particularmente vulneráveis a esses eventos: o Mar da Irlanda, o Mar do Norte e a costa sudeste da Inglaterra:

"Essas regiões são áreas onde ondas de calor marinhas podem coincidir com concentrações extremamente baixas de oxigênio na água, o que as torna especialmente vulneráveis. É como um golpe duplo. Elas sofrem estresse extremo por calor e níveis extremamente baixos de oxigênio ao mesmo tempo", seguiu a pesquisadora no relatório.

A Dra. Zoe Jacobs, autora principal do relatório, alerta para a necessidade urgente de mais pesquisas para entender os impactos das ondas de calor marinhas nos ecossistemas marinhos britânicos. "Precisamos saber como essas ondas de calor marinhas afetarão as plantas e os animais que vivem no mar e encontrar maneiras de protegê-los", afirma a pesquisadora no relatório.

Segundo o 'The Guardian', o relatório sugere que o Reino Unido deve implementar medidas de adaptação para enfrentar os desafios impostos pelas ondas de calor marinhas, como o monitoramento constante das temperaturas do mar, a criação de áreas marinhas protegidas e o desenvolvimento de estratégias para restaurar habitats marinhos degradados.