Noreen e Antonia são duas fêmeas de furões-do-pé-preto, que nasceram recentemente em meio a esforços para combater a quase extinção da espécie
Éric Moreira Publicado em 20/04/2024, às 10h19
Incluídos na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 2015, como uma espécie em risco de extinção, os furões-do-pé-preto (Mustela nigripes) vem sendo alvo de esforços em pesquisas relacionadas a clonagem nos Estados Unidos.
Em meio a isso, na última quarta-feira, 17, foi divulgado pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem do país o nascimento de dois clones dessa espécie.
Chamadas de Noreen e Antonia, os animais foram clonados a partir do mesmo material genético, de uma outra fêmea chamada Elizabeth Ann — que permanece vivendo e saudável no Centro Nacional de Conservação do furão-do-pé-preto, no estado americano do Colorado, onde também está Noreen —; ela, por sua vez, também é uma clone, feita a partir de células congeladas coletadas em 1988 de uma fêmea chamada Willa.
Conforme descrito pela Revista Galileu, uma curiosidade destes animais é que eles possuem três vezes mais variações genéticas que outros da espécie encontrados na natureza. Por isso, a reintrodução de clones como Noreen e Antonia podem, inclusive, trazer benefícios significativos para a diversidade genética da espécie.
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O experimento que concebeu Noreen e Antonia é demonstra progresso nas técnicas de clonagem que são realizadas até mesmo com outros animais ameaçados de extinção nos Estados Unidos. Ele é desenvolvido em parceria entre o Serviço de Pesca e Vida Selvagem do país e cientistas da empresa de biotecnologia Revive & Restore, além de outras instituições.
Por fim, vale mencionar que Noreen nasceu no Centro Nacional de Conservação do furão-do-pé-preto, no mesmo local em que vive hoje sua "genitora", Elizabeth Ann. Antonia, por sua vez, está no Zoológico Nacional e Instituto de Biologia da Conservação do Smithsonian, no estado da Virgínia.
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Felizmente, os resultados da clonagem se mostram um sucesso, com ambos os animais estando saudáveis e demonstrando parâmetros comportamentais comuns a furões na idade em que estão. Agora, os pesquisadores aguardam que Noreen e Antonia atinjam a maioridade reprodutiva, ainda neste ano de 2024, para que possam então gerar descendentes.
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