Cary Fukunaga, diretor de '007 - Sem Tempo para Morrer' (2021) - Getty Images
Assédio

Diretor do novo 007 é acusado de assédio: 'É um abuso de poder'

Segundo fontes, assédios eram recorrentes nos bastidores de seus filmes e séries

Redação Publicado em 02/06/2022, às 11h47

O diretor e roteirista norte-americano Cary Fukunaga — responsável por filmes como o mais recente 007, Sem Tempo para Morrer, a primeira parte do remake de It: A Coisa e uma temporada do seriado True Detective — foi acusado por cerca de 12 pessoas por assédio nos bastidores de seus trabalhos. A reportagem com as acusações foi feita pela revista americana Rolling Stone, contando com depoimentos das vítimas.

Segundo pessoas que trabalhavam próximas ao diretor, ele ultrapassou por diversas vezes o limite profissional, abusando de sua posição e poder para perseguir mulheres mais jovens.

Um dos episódios relatados na reportagem teria acontecido no set da minissérie 'Masters of the Air', produzida pela AppleTV, na qual Fukunaga teria pedido para fotografar duas figurantes — tendo uma apenas 18 anos — em poses sensuais.

Foi muito além do limite. Não há nenhuma justificativa de que isso é ok de alguma forma. É um abuso de poder absoluto e claro", apontou uma das fontes para a Rolling Stone, que pediu para que não fosse identificada.

Outra fonte apontou que a insistência do diretor em alguns assuntos beirava o assédio, a ponto de preocupar até outros colegas de equipe. "Foi humilhante para mim porque tentei passar despercebida", disse. "A única razão pela qual permiti que durasse tanto tempo é porque estou absolutamente preocupada com minha carreira", acrescentou.

A atriz e skatista Rachelle Vinberg, com a qual o diretor chegou a ter uma 'amizade sexual', também apontou que Fukunaga agia de maneira desagradável com ela nos sets, e até mesmo pedia para que ela fingisse que eles eram parentes.

Após a postagem de Rachelle, as gêmeas Cailin e Hannah Loesch também comentaram que o diretor teria sugerido um ménage entre os três, dizendo que "incesto seria bom se todos estivessem ok com isso".

Hipocrisia

Apesar de Cary Fukunaga ser acusado por diversas mulheres de assédio nos sets de filmagem, diversas fontes apontam hipocrisia por parte do diretor, que se posiciona como a favor das mulheres e de movimentos contra assédio, como o #MeToo, em suas redes sociais.

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