Foi descoberto um possível erro no procedimento cardíaco inovador; entenda
Alan de Oliveira | @baco.deoli, sob supervisão de Isabela Barreiros Publicado em 06/05/2022, às 12h55
O coração geneticamente modificado de um porco que foi usado para um procedimento inédito de transplante de coração em um homem estava com um vírus suíno, o “porcine cytomegalovirus”, segundo o médico que realizou a cirurgia.
Bartley Griffith, cirurgião de transplantes da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, disse que o vírus pode ter tido grande parcela de culpa na morte de David Bennett, de 57 anos.
“Estamos começando a entender por que ele faleceu", relatou o médico.
A informação foi vinculada pela revista MIT Technology Review e apresentada a diversos cientistas no dia 20 de abril, em eventos nos Estados Unidos.
Um teste indicou a presença do vírus suíno 20 dias após o transplante, porém, na época, os níveis da presença eram baixos, não sendo considerado um “erro de laboratório”. Então, depois de um mês, os testes revelaram um contínuo aumento da presença do complicador.
A empresa Revivicor, responsável pelo procedimento e lançamento na comunidade científica, não quis se pronunciar sobre o caso até o momento.
"Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última opção", falou visivelmente emocionado, Bennett um dia antes da operação.
O paciente passou meses na cama e ligado a uma máquina de suporte à vida antes do início do procedimento.
A comunidade científica estuda novas maneiras de realizar o procedimento sem a menor possibilidade de contaminação interna de algum vírus, já que a descoberta é vista como um grande avanço da medicina.
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