Imagem ilustrativa de réptil - Imagem de hoppersoft por Pixabay
Ciência

Comunicação vocal existe há 400 milhões de anos, diz pesquisa

Estudo feito por pesquisadores da Universidade de Zurique apontou que comunicação é mais antiga do que se pensava

Redação Publicado em 31/10/2022, às 07h17

Um grupo de cientistas da Universidade de Zurique, na Suíça, apontou em pesquisa publicada recentemente que a comunicação vocal existe há pelo menos 400 milhões de anos. O estudo considerou diferentes classes de animais, incluindo répteis, anfíbios e peixes, e destacou que essa forma de comunicação não é exclusiva de mamíferos e aves.

O estudo apresenta evidências, entre gravações e dados sobre comportamento, de 53 espécies de vertebrados terrestres, entre tartarugas, tuataras, cecílias e peixes pulmonados, até então inacessadas.

“Isso, juntamente com um amplo conjunto de dados baseado na literatura, incluindo 1.800 espécies diferentes cobrindo todo o espectro, mostra que a comunicação vocal não é apenas difundida em vertebrados terrestres, mas também evidencia habilidades acústicas em vários grupos anteriormente considerados não vocais”, disse Gabriel Jorgewich-Cohen, principal autor da pesquisa, segundo a revista Galileu.

Comunicação acústica

De acordo com a fonte, o estudo combinou dados importantes sobre as habilidades de vocalização de diferentes espécies de lagartos, cobras, salamandras, anfíbios e dipnoi com métodos de reconstrução de traços filogenéticos.

A partir da combinação desses dados com os de clados acústicos conhecidos, como mamíferos, pássaros e sapos, foi possível mapear a comunicação vocal na árvore da vida dos vertebrados.

“Conseguimos reconstruir a comunicação acústica como um traço compartilhado entre esses animais, que é pelo menos tão antigo quanto seu último ancestral comum, que viveu aproximadamente 407 milhões de anos antes do presente”, disse o pesquisador Marcelo Sánchez.

Até o momento, o consenso científico aponta para uma origem convergente da comunicação acústica entre os vertebrados, já que a morfologia do aparelho auditivo e do trato vocal variam muito entre as espécies.

No entanto, conforme explicaram os pesquisadores da UZH, as evidências disponíveis para essa hipótese carecem de dados relevantes.

“Nossos resultados agora mostram que a comunicação acústica não evoluiu várias vezes em diversos clados, mas tem uma origem evolutiva comum e antiga”, disse Sánchez.

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