Ryan Murphy (à esqu.) e Erik e Lyle Menendez (à dir.) - Getty Images
Irmãos Menendez

Como o criador de "Irmãos Menendez" enxerga as condenações de Lyle e Erik?

Uma das séries mais assistidas da Netflix por brasileiros, "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" revive o infame caso de Lyle e Erik

Thiago Lincolins Publicado em 30/09/2024, às 17h19 - Atualizado em 01/10/2024, às 11h16

A segunda temporada da antologia "Monstro", "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" continua sendo uma das produções mais assistidas por brasileiros na Netflix Brasil. 

Criada por Ryan Murphy, a série revive o escandaloso caso de Lyle e Erik Menendez, condenados pelo assassinato brutal dos próprios pais, episódio ocorrido em 1989. 

Após a estreia, a produção dividiu internautas. Ao misturar fato e ficção, os episódios insinuam que os irmãos desenvolveram um relacionamento amoroso, algo jamais confirmado.

Assim, fica a dúvida: Como Ryan Murphy enxerga o caso dos irmãos?

Em entrevista à People, o criador de "Monstro" alegou que as condenações de Lyle e Erik deveriam ser reanalisadas.

"Eu não diria que eles deveriam ser soltos, mas acho que o caso deles deveria ser reexaminado, e acho que novas evidências deveriam ser apresentadas", afirmou ele. "Se esse caso fosse julgado e todas as evidências fossem permitidas hoje, acho que eles provavelmente teriam sido acusados ​​e considerados culpados de homicídio culposo e estariam fora da prisão agora".

Murphy também disse que os irmãos, mais de 30 anos após o assassinato, podem fazer o bem para a sociedade.

"Eles foram longe demais? Sim. Eles estavam loucos na época? Sim. Mas eles foram detentos modelo", opinou Ryan. "Eu conversei com pessoas na prisão que afirmam que estão totalmente reabilitadas e podem realmente fazer o bem para a sociedade em alguma capacidade agora, e eu acho que isso merece ser analisado".

Um crime, duas histórias

O criador de "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" afirmou que enxerga problemáticas nos dois lados do caso.

"As pessoas não se sentem confortáveis ​​com a ideia de que duas coisas podem ser possíveis ao mesmo tempo. Elas querem mocinhos e bandidos. Elas não querem caras complicados", continuou Murphy."Eu acho que Eric e Lyle fizeram coisas monstruosas — não apenas os assassinatos, mas os outros crimes que cometeram. Eu acho que eles eram moralmente corruptos quando jovens. Se você acredita no testemunho e se você acredita nas evidências, eu acho que os pais também eram monstros. 

Murphy também destacou que a série da Netflix não é um documentário. O seu objetivo era apresentar diferentes perspectivas da história, que ainda divide os Estados Unidos.

"Não estamos apresentando nada disso como verdade", ele explicou. "Estamos apresentando como a opinião de alguém. Tudo isso está entrelaçado em uma narrativa sobre a qual Dominick Dunne falou em artigos. Também foi levantado no tribunal várias vezes. Não estou dizendo que aconteceu. Não estou dizendo que não aconteceu. Estou dizendo que era parte da grande tapeçaria folclórica daquele caso que pode ter influenciado os jurados de uma certa maneira ou não. Eu estava interessado nisso. Quando li os comentários da família sobre isso, não acho que eles realmente entenderam. Não acho que eles tenham visto porque se tivessem visto, saberiam disso".

A plataforma de streaming Netflix anunciou um documentário sobre o caso dos Menendez para o próximo dia 7, com depoimentos inéditos dos irmãos. Além disso, todos os episódios da série podem ser conferidos no catálogo

Crime assassinato lançamento netflix série Streaming True crime irmãos Menendez Lyle Erik Ryan Murph

Leia também

Harry faz raro comentário sobre sua filha, Lilibet, em viagem ao Reino Unido


Saiba quando estreia documentário sobre a carreira de Elton John


Suíça e Itália redesenham fronteiras após derretimento de geleiras


A brasileira considerada a segunda pessoa mais velha do mundo


Ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter completa 100 anos


James Dean: Nova cinebiografia vai explorar vida pessoal do astro