Espaçonave Starliner da Boeing - Divulgação/NASA
Starliner

Com prejuízo de R$ 9 bi, Starliner está pronta para voltar à Terra sem tripulação

A espaçonave Starliner da Boeing, que enfrentou diversos desafios técnicos, está programada para retornar à Terra na noite desta sexta-feira, 6

Redação Publicado em 05/09/2024, às 10h10

A espaçonave Starliner, da Boeing, que enfrentou diversos desafios técnicos, está programada para retornar à Terra na noite desta sexta-feira, 6, após três meses acoplada à Estação Espacial Internacional (ISS). 

Segundo o The New York Times, a Boeing já acumula uma perda de US$ 1,6 bilhão (mais de R$ 9 bilhões) em custos associados ao programa. Se tudo correr conforme o previsto, a nave pousará no White Sands Space Harbor, no Novo México, após seis horas de voo.

No entanto, fatores como clima ou problemas técnicos podem adiar o retorno para 10, 14 ou 18 de setembro, conforme comunicado da Nasa

'Retorno tranquilo'

Apesar de extensos testes, a NASA ainda não identificou a causa exata dos problemas de propulsão que surgiram quando a Starliner se aproximou da estação em junho. Mesmo assim, autoridades ligadas à missão espacial afirmam que o retorno da cápsula, que estará vazia, deve ser tranquilo.

Inicialmente, a Starliner estava programada para trazer de volta os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore, mas, por precaução, ambos permanecerão na estação e retornarão em fevereiro na Crew Dragon, da SpaceX.

Durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira, 4, Steve Stich, gerente do programa de tripulação comercial da NASA, expressou confiança na nave, destacando que pousos anteriores da Starliner sem tripulação foram bem-sucedidos. Ele também mencionou que a manobra de desacoplamento foi ajustada para reduzir o estresse nos propulsores, após falhas registradas em junho.

O futuro do programa Starliner, entretanto, é incerto. O voo de junho foi o primeiro com astronautas e deveria ser o último teste antes da certificação para viagens regulares, repercute o The New York Times.

A NASA pode exigir outro voo tripulado de teste, aumentando ainda mais os custos para a Boeing, que já arcou com despesas significativas desde o início do contrato de US$ 4,2 bilhões, firmado com a agência em 2014.

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