Pesquisa anunciada nesta terça-feira, 17, utilizou dados do Telescópio Espacial Hubble e contou com a colaboração da NASA e da Agência Espacial Europeia
Giovanna Gomes Publicado em 18/09/2024, às 12h00
Um grupo de cientistas do Departamento de Astronomia da Universidade de Estocolmo, Suécia, descobriu uma quantidade maior de buracos negros formados no início do universo do que se previa.
A pesquisa, anunciada nesta terça-feira, 17, utilizou dados do Telescópio Espacial Hubble e contou com a colaboração da NASA e da Agência Espacial Europeia. Essa descoberta promete fornecer informações valiosas sobre a formação dessas regiões enigmáticas do cosmos bilhões de anos atrás.
Os buracos negros supermassivos, com massas que podem ser bilhões de vezes maiores que a do Sol, são um dos grandes mistérios da astronomia. Os cientistas acreditam que esses gigantescos corpos já existiam menos de um bilhão de anos após o Big Bang. As informações são do portal Galileu.
Para investigar essa questão, a equipe utilizou o Hubble para observar galáxias menos brilhantes que se formaram nos primeiros estágios do universo, aplicando uma técnica que permite "viajar no tempo" (quanto mais distante o corpo celeste, mais distante no passado é possível observar) e estudar corpos celestes distantes.
A análise das variações no brilho dessas galáxias revelou um número maior de buracos negros do que o esperado. Os cientistas sugerem que muitos desses buracos negros podem ter se originado a partir do colapso de estrelas de primeira geração, estrelas massivas e brilhantes que existiram nos primórdios do universo e já não estão presentes.
Matthew Hayes, autor principal do estudo, comentou: "O mecanismo de formação dos primeiros buracos negros é uma parte importante para entender a evolução das galáxias". A descoberta abre portas para criar modelos mais precisos sobre o surgimento dos buracos negros e das galáxias.
Além disso, os cientistas estão usando o Telescópio Espacial James Webb para continuar a pesquisa, com o objetivo de determinar a massa e as localizações desses buracos negros "primordiais" e, assim, obter uma compreensão mais profunda do universo.
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