"Ela ficou desesperada, arrancou os cabelos", revelou o advogado da professora, que foi temporariamente presa no dia 8 de abril
Pamela Malva Publicado em 19/04/2021, às 11h00
Em mais de um mês de investigações, a polícia já conseguiu reunir diversas pistas sobre o trágico Caso Henry Borel. Entre registros telefônicos e imagens de câmeras de segurança, um dos pontos mais controversos da narrativa é o fato de que, no dia seguinte ao enterro do filho de 4 anos, Monique Medeiros foi até o salão de beleza.
Agora, segundo o jornal O Globo, o advogado de defesa da professora, que é acusada de suposto envolvimento na morte do garoto, tentou explicar o curioso compromisso da mulher. Segundo ele, a visita ao salão teria sido motivada por nervosismo.
“Monique ficou desesperada, arrancou os cabelos porque tem mega hair [um método de alongamento capilar]”, explicou o advogado Hugo Novais. “Foi esse o motivo de ela ter ido ao salão no dia seguinte. Ela não tinha como se apresentar daquela forma.”
O problema é que, durante as investigações, a polícia conseguiu recuperar mensagens trocadas entre Monique e uma das funcionárias do salão. Naquele dia 12 de março, a professora foi atendida por três pessoas, que cobraram R$ 240 pelo serviço.
Nas mensagens, todavia, a atendente do estabelecimento, que fica em um shopping na Barra da Tijuca, descreveu exatamente quais foram os serviços exigidos pela professora. Segundo a funcionária, Monique teria feito o pé (R$ 39), as mãos (R$ 35), um conserto nas unhas de acrigel (R$ 27) e, por fim, o tratamento capilar (R$ 139).
Ainda mais, a fim de quitar a diferença que foi paga pelo serviço (Monique teria pago apenas R$ 200 por um erro da atendente), a professora afirmou que, ao invés de fazer uma transferência bancária, ela iria até o salão, que fica a cinco minutos de carro do apartamento onde ela morava com o namorado, Dr. Jairinho, desde dezembro de 2020.
Atualmente, Monique Medeiros está presa temporariamente no Instituto Penal Ismael Silveiro, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ela e Dr. Jairinho foram detidos no dia 8 de abril, ambos acusados de interferir nas investigações da morte do pequeno Henry Borel.
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.
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