Presidente americano foi criticado por usar da religião para fazer política enquanto manifestantes eram reprendidos com bombas de efeito moral
Fabio Previdelli Publicado em 04/06/2020, às 11h29
O presidente americano Donald Trump causou polêmica na última segunda-feira, 01, ao visitar a Igreja St John’s, localizada na Praça Lafayette, perto da Casa Branca, onde posou para fotos segurando uma bíblia na mão enquanto pessoas que manifestavam pela morte de George Floyd eram reprendidas com bombas de efeito moral.
Entretanto, a Casa Branca viu o gesto com bons olhos e defendeu a aparição de Trump: “O presidente queria enviar uma mensagem forte”, disse a porta-voz Kayleigh McEnany — que comparou o gesto com o de grandes figuras, como o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill.
For God's sake stop dividing & start uniting, Mr President @realDonaldTrump.
— Piers Morgan (@piersmorgan) June 4, 2020
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“Ao longo dos séculos, vimos presidentes e líderes experimentarem momentos fortes de liderança e símbolos importantes para um país”. Segundo McEnany, foi assim que Churchill agiu ao ir “pessoalmente ver os danos causados pelas bombas [em Londres durante a Segunda Guerra Mundial], em uma poderosa mensagem de liderança para o povo britânico”.
Apesar da explicação, o gesto gerou criticas por parte de líderes políticos e religiosos. Para Mariann Budde, episcopisa da diocese de Washington, à qual engloba a igreja que Trump visitou, o ato foi “profundamente ofensivo”, já que o mandatário americano usou algo considerado sagrado “incorretamente para um gesto político”.
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