Cachorros que vivem na região da usina que explodiu em 1986 podem ser divididos entre três grupos genéticos
Fabio Previdelli Publicado em 06/03/2023, às 18h28
Devido ao resultado da exposíção à radiação, cães que vagam pela usina abandonada de Chernobyl, na Ucrânia, tornaram-se geneticamente distintos, apontam pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul e do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas norte-americanos analisaram o sangue de mais de 300 cachorros que ainda vivem na região como uma forma de analisar os efeitos devastadores da explosão de 1986.
Acredita-se que os cães sejam descendentes de animais de estimação deixados pelos moradores quando os mesmos evacuaram a região. Assim, entende-se que os cachorros podem ser divididos entre três grupos geneticamente semelhantes; sejam aqueles que vivem na região da própria usina ou em Slavutych — cidade a cerca de 45 km de distância que foi construída especificamente para evacuados.
Como os grupos se situam em distâncias diversas, os pesquisadores puderam determinar o nível de exposição à radiação de um cachorro a partir de seu DNA; o que pode aumentar 'a compreensão [sobre] as bases biológicas dos animais e, em última análise, a sobrevivência humana em regiões de alto e contínuo ataque ambiental'.
Os pesquisadores, além disso, aponta o Daily Mail, também analisaram amostras de DNA de cerca de 200 cães de criação livre que vivem em outras partes da Ucrânia e em países vizinhos. A partir desta comparação, eles esperam traçar os efeitos do material radioativo no DNA dos cães de Chernobyl.
“Tivemos esta oportunidade de ouro' de estabelecer as bases para responder a uma pergunta crucial: 'Como você sobrevive em um ambiente hostil como este por 15 gerações?”, apontou a geneticista Elaine Ostrander, autora do estudo.
A análise do genoma revelou que as três populações de cães que vivem em Chernobyl, e em seus arredores, eram geneticamente distintas; algo que surpreendeu os cientistas, que especulavam que os cães poderiam ter se misturado tanto ao longo do tempo que seriam praticamente os mesmos.
Esse foi um grande marco para nós", disse Ostrander.
“E o que é surpreendente é que podemos até identificar famílias”; cerca de 15 diferentes — que seriam únicas em comparação com cães de criação livre que vivem em outras partes do mundo, mas também se reproduzem.
Ainda não está claro, porém, se as três populações evoluíram devido a diferentes níveis de exposição direta. Os resultados do estudo foram publicados na Science Advances na última sexta-feira, 3.
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