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Brasileira com 'pior dor do mundo' busca eutanásia no exterior

Carolina Arruda, de 27 anos, sofre com neuralgia do trigêmeo, condição que provoca a "pior dor do mundo"; entenda o caso!

Éric Moreira Publicado em 04/07/2024, às 08h45

Um caso que vem chamando a atenção de internautas do Brasil nos últimos tempos é o da estudante de veterinária Carolina Arruda, de 27 anos. Isso porque ela sofre, desde os 16 anos, de uma condição chamada de neuralgia do trigêmeo, que provoca o que é considerado a "pior dor do mundo"; por isso, ela busca sair do Brasil para realizar uma eutanásia ou suicídio assistido.

Segundo o portal Viva Bem, do UOL, foi aos 16 anos que Carolina, quando estava sentada no sofá da casa da avó, sentiu uma forte dor no lado esquerdo do rosto. "Foi semelhante a um choque, uma facada. Na hora, eu não conseguia falar nada, só gritava e chorava", descreveu ela em publicações em suas redes sociais.

A neuralgia do trigêmeo consiste em uma condição crônica relacionada a uma disfunção ou lesão do nervo trigêmeo, o que provoca grande dor naquele que o porta. "Eu sinto dor 24 horas por dia. Nos últimos dois anos, piorou muito. Só consigo ficar em pé por alguns minutos, não consigo trabalhar ou estudar. Meu marido é quem me dá banho", conta Carolina.

Agora, com a constante piora em seu quadro, Carolina, que mora no interior de Minas Gerais, busca sair do Brasil para que, no exterior, consiga realizar uma eutanásia ou um suicídio assistido, visto que os procedimentos são crimes por aqui.

Para isso, ela inclusive criou uma Vakinha, buscando arrecadar dinheiro para poder realizar o procedimento na Suíça. "Busco apenas paz e alívio. [A eutanásia] está mais relacionada com empatia, com fornecer uma morte digna para a pessoa. Se fosse legalizada no Brasil, eu já teria feito", escreve Carolina no pedido de arrecadação na internet.

No Brasil

A palavra eutanásia origina-se do grego, e significa, basicamente, "boa morte" ou "morte tranquila". Hoje, esse procedimento consiste na antecipação da morte — geralmente com injeção letal e indolor — de pacientes com condições incuráveis, que provoquem sofrimento exacerbado e altos índices de dor, contanto que tudo seja comprovado por médicos. 

Hoje, a eutanásia é permitida e regulamentada em países como Suíça, Bélgica, Canadá, Colômbia, Holanda e Luxemburgo, sendo a Holanda pioneira na aprovação da lei que autoriza essa ação, o que começou em 2002.

+ Primeiro caso de morte por eutanásia é registrado no Peru

No Brasil, porém, tanto a eutanásia quanto o suicídio assistido são considerados crimes, e quem os pratica pode ser acusado de cometer homicídio doloso, pegando pena de até 20 anos de prisão.

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