Dados da Associação Nacional das Travestis e Transexuais (Antra) mostram que, em 2020, o país registrou 184 assassinatos de pessoas transgênero
Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 30/01/2021, às 08h42
O Brasil continua ocupando a primeira posição no ranking de países que mais matam pessoas transgênero no mundo. De acordo com dados divulgados no dossiê da Associação Nacional das Travestis e Transexuais (Antra), o país registrou 184 assassinatos de pessoas trans em 2020. As informações são da CNN.
O dossiê foi publicado no Dia da Visibilidade Trans, na última sexta-feira, 29 de janeiro, demonstrando que o Brasil segue na frente de países como México e Estados Unidos com um elevado número de homicídios contra o grupo de pessoas LGBTI+.
A Antra realizou um mapa da violência que mostrou que São Paulo é o estado mais perigoso para pessoas trans, onde foi registrado o maior número de assassinatos. Depois dele, vieram Ceará, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que, inclusive, teve um aumento de 43% em comparação ao ano anterior.
Bruna Benevides, secretária de articulação política da Antra, afirmou que a falta de ações do governo reflete esse contexto. “Até o momento, não houve ações específicas para enfrentar essa violência, o que nos faz acreditar que seria uma falsa simetria afirmar uma diminuição de violência de forma ‘espontânea’ e sem investimento material, pessoal ou institucional do Estado em uma política de enfrentamento do transfeminicídio”, disse.
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