O presidente Jair Bolsonaro usou o encontro com embaixadores para atacar as urnas eletrônicas com teorias conspiratórias
Redação Publicado em 18/07/2022, às 22h14 - Atualizado às 22h15
Ao se encontrar com embaixadores estrangeiros nesta segunda-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro usou a reunião para atacar às urnas eletrônicas e levantar teorias a respeito do processo que escolherá o próximo presidente do Brasil.
Criticando o STF e o TSE, o sistema eleitoral brasileiro também foi alvo de acusações sem provas. A fala de Bolsonaro durou aproximadamente 50 minutos, de acordo com O Globo. Além de relembrar sua trajetória até a presidência, não deixou de mencionar a facada que sofrera enquanto promovia sua campanha no ano de 2018.
Ao discursar, Jair Bolsonaro disse que Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE, e Edson Fachin, presidente do TSE, estariam o criticando.
"Quando se fala em eleições, vem à nossa cabeça transparência. E o senhor Barroso (Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE) , também como senhor Edson Fachin (atual presidente do TSE), começaram a andar pelo mundo me criticando, como se eu estivesse preparando um golpe. É exatamente o contrário o que está acontecendo", disse o presidente, conforme repercutido pelo O Globo.
Em seguida, o presidente atacou o sistema de votação no Brasil ao levantar a teoria de que não é o TSE que contabiliza os votos, o que não é verdade
"Não é o TSE que conta os votos, é uma empresa terceirizada. Acho que nem precisava continuar essa explanação aqui. Nós queremos obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro".
O presidente também afirmou que hackers ficaram durante oito meses dentro do computador do TSE acessando o sistema de votos.
"Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses dentro do computador do TSE, com código-fonte, senhas, muito à vontade dentro do TSE. E [a Polícia Federal] diz, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar voto de um e mandar para o outro", afirmou Bolsonaro, segundo o Yahoo.
No entanto, isso também não é verdade. Victor Neves Feitosa Campos, delegado que cuidou do inquérito a respeito do ataque de hackers ao TSE, explicou à Polícia Federal que NÃO houve indícios de que o ataque pudesse ter manipulado votos ou afetado a integridade do sistema de votação do Brasil.
Bolsonaro disse que Fachin levantou 'acusações levianas' contra ele: "Houve uma reunião do ministro Fachin com alguns dos senhores ou representantes alertando-os contra acusações levianas. O que eu estou falando aqui não tem nada de leviano".
Vale enfatizar, segundo O Globo, que Fachin fora convidado para o encontro ocorrido na tarde dessa segunda-feira, 18, mas recusou. Em nota, o TSE explicou que "na condição de quem preside o Tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos durante o pleito deste ano, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados".
Apesar da fala de Jair Bolsonaro, as urnas eletrônicas são seguras. Sempre em época de eleições, o sistema que contabiliza o voto dos brasileiros é alvo de ataques e teorias.
"A Justiça Eleitoral utiliza o que há de mais moderno em termos de segurança da informação para garantir a integridade, a autenticidade e, quando necessário, o sigilo", descreve um artigo do TSE sobre a segurança das urnas eletrônicas.
Entenda aqui por que as urnas eletrônicas são seguras!
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