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França

Biblioteca francesa coloca livros em quarentena por decoração com arsênio

Elemento químico usado para decoração de capas em livros do século 19 colocou biblioteca em alerta; entenda os riscos!

Fabio Previdelli Publicado em 25/04/2024, às 11h12

Nesta quinta-feira, 25, a Biblioteca Nacional da França (BnF) informou que colocou em quarentena quatro livros de seu acervo que são datados do século 19. As obras são decoradas com arsênio e, por isso, podem causar intoxicação

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No final da década de 2010, um grupo de professores descobriu que livros desse período continham o elemento químico em suas capas. Assim, surgiu o programa 'Poison Book Project' (ou 'Projeto Livros Envenenados', em tradução livre), que identifica os livros que contém arsênio — atualmente, a maioria deles já está nos Estados Unidos

Com a lista, a biblioteca francesa comparou os livros já identificados com as obras em seu acervo; identificando quatro volumes afetados com o elemento químico — dos 28 potencialmente 'perigosos'.

Esses livros foram colocados em quarentena e serão submetidos a uma análise extra por um laboratório externo para estimar a quantidade de arsênio presente em cada volume", informou a BnF em nota, conforme repercutido pela AFP. 

Os livros afetados

Segundo a instituição, entre os quatro impressos identificados estão duas edições de 'As Baladas da Irlanda', um compilado de Edward Hayes de 1855; um compêndio de trabalhos da Sociedade Real de Horticultura Britânica dos anos 1862 a 1863; e uma antologia bilíngue de poesia romana de Henry Stanley, de 1856.

Conforme explica matéria da AFP, o arsênio era apreciado na época devido ao seu tom que dava às capas parecido com "verde Schweinfurt" ou "verde de Paris". O material foi utilizado entre os anos de 1790 e 1880, principalmente em países de língua inglesa e na Alemanha, mas também um pouco na França. 

A Biblioteca Nacional da França ainda relatou que investigará outras obras além das que fazem parte da lista do 'Projeto Livros Envenenados'. As obras com arsênico podem oferecer aos leitores o risco de sofrerem com vômitos e mal-estar

Entretanto, à AFP, a BnF relatou que os riscos para os usuários era mínimo, sendo que não existem quaisquer registros de envenenamento através de livros em nenhuma parte do mundo.

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