Através de intensas investigações, Christos Tsirogiannis detectou casas de leilões e galerias que detém diversas peças roubadas
Pamela Malva Publicado em 16/06/2020, às 16h00
Foi apenas depois de longas e minuciosas investigações que o arqueólogo Christos Tsirogiannis descobriu o paradeiro de antigos artefatos saqueados pelo mundo. Ele, então, passou a combater os leilões que anunciam tais peças roubadas.
Original da Grécia, o professor, que trabalha no Instituto de Estudos Avançados Aarhus, na Dinamarca, denunciou diversas organizações e casas de leilões em Nova York e em Londres que detém obras saqueadas. Com isso, vários artigos foram recuperados.
“Alguns desses objetos foram enterrados em túmulos com amor e carinho”, lamenta o arqueólogo, ao jornal Repórter Grego. “É um sacrilégio que essas antiguidades sejam saqueadas por dinheiro e lucro”.
Assim, em 15 anos anos de pesquisas, Christos identificou cerca de 1,1 mil artefatos saqueados em casas de leilões, galerias, coleções particulares e museus ao redor do mundo. Muitos dos casos foram denunciados às respectivas autoridades locais.
Duas recentes investigações revelaram artefatos saqueados em duas casas de leilões distintas. Em Londres, a Christie's detinha quatro peças gregas e romanas; enquanto, nos Estados Unidos, a Sotheby's foi processada pela venda de um cavalo grego de bronze.
Ainda em entrevista, Christos explica sua real percepção das casas de leilões: “Eu os considero potenciais colaboradores”. O arqueólogo grego frisa, no entanto, que deve existir “a condição de que eles se tornem éticos e respeitarão a legislação nacional”, a fim de proteger os bens culturais em questão.
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