Abigail Zwerner em entrevista ao USA Today - Divulgação/ USA Today
Crimes

Após ser baleada por aluno de 6 anos, professora processa escola por U$ 40 milhões

Abigail Zwerner foi a única vítima do chocante tiroteio escolar ocorrido nos Estados Unidos

Ingredi Brunato Publicado em 03/04/2023, às 14h04

Abigail Zwerner, de 25 anos, é professora em uma escola primária localizada no estado norte-americano de Virgínia, nos EUA, e, no último mês de janeiro, foi a única vítima de um tiroteio escolar protagonizado por um aluno de apenas 6 anos. 

A bala disparada pelo menino atravessou a mão de Zwener, que havia colocado o membro na frente do corpo para se proteger, e acabou atingindo seu peito. Hoje ela passa bem, porém, caso as circunstâncias fossem levemente diferentes, a mulher poderia não ter saído do episódio com vida. 

Poderia ter sido fatal. Acreditamos que a bala ter passado primeiro pela minha mão levantada provavelmente salvou minha vida", explicou a educadora em uma entrevista ao programa televisivo norte-americano Today. 

Agora, Abigail está processando por 40 milhões de dólares — um valor equivalente a mais de 200 milhões de reais quando convertido para nossa moeda — a instituição escolar em que sofreu o crime. 

Negligência da direção 

Citando "dor física e angústia mental", a ação judicial iniciada pela professora defende que o incidente poderia ser sido prevenido, conforme informações repercutidas pela revista People. 

Isso, pois, no dia do tiroteio, mais de uma criança havia avisado ao menos dois professores que o menino responsável pelo ataque havia trazido uma arma para escola, tendo supostamente ameaçado um colega de classe durante o recreio. O estudante em si chegou a ter sua mochila revistada por uma professora preocupada a certo ponto, mas nada foi encontrado.

Uma segunda revista foi sugerida por outro funcionário naquela mesma manhã, porém a iniciativa foi impedida por Parker, o vice-diretor da escola — que, vale mencionar, estava ciente de tudo que havia ocorrido até então. 

Para piorar a situação, o aluno que viria a atirar contra Zwerner possuía um grave histórico de violência, tendo até mesmo estrangulado um educador no ano anterior, quando tinha apenas 5 anos. Além disso, teria em diversas ocasiões proferido xingamentos contra colegas e professores, e empunhado um cinto enquanto ameaçava ferir outros estudantes durante períodos não supervisionados.

Por conta dessa extensa lista de eventos problemáticos, a instituição de ensino havia determinado que um dos pais do menino devia sempre acompanhá-lo na escola. No dia em que ele atacou Abigail Zwener, é importante apontar que seus responsáveis estavam ausentes.

Nos documentos entregues pela mulher de 25 anos à Justiça dos EUA, é alegado ainda que a diretoria do colégio primário não respondia de maneira adequada às ações alarmantes do aluno (que é chamado de 'John Doe' no processo para ter sua identidade preservada): 

As preocupações dos professores com o comportamento de John Doe foram regularmente levadas à atenção da administração da Richneck Elementary School, e as preocupações sempre foram descartadas. Muitas vezes, quando ele era levado à secretaria da escola para tratar de seu comportamento, ele voltava para a sala de aula logo em seguida com algum tipo de recompensa, como um pedaço de doce", acusa a ação judicial, ainda segundo a People. 
Estados Unidos notícias processo ação judicial tiroteio escolar

Leia também

Lápide mais antiga dos EUA, pertencente a cavaleiro inglês, tem mistério revelado


Série sobre o assassinato cometido pelos Irmãos Menendez estreia na Netflix


Polícia apreende 40 toneladas de chifres de veado em armazém ilegal na Argentina


Harry viajará ao Reino Unido, mas Charles está "farto" do filho mais novo


Oscar 2025: Fernanda Torres é candidata ao prêmio de Melhor Atriz por 'Ainda Estou Aqui'


Mulher sofre queimaduras graves ao cair em poço de água termal em Yellowstone