Em maio deste ano, a Rio Tinto explodiu cavernas de 46 mil anos que estavam no caminho de uma mina de ferro na Austrália
Penélope Coelho Publicado em 11/09/2020, às 12h24
De acordo com informações publicadas pela BBC nesta sexta-feira, 11, o chefe da mineradora Rio Tinto, Jean-Sébastien Jacques, deixa seu cargo após inúmeras críticas relacionadas à destruição de um sítio aborígene em Pilbara, na Austrália.
Em maio de 2020, a empresa considerada uma das maiores em seu ramo, explodiu cavernas antigas de 46 mil anos consideradas sagradas e de extrema importância para a arqueologia — já que mostravam as mais antigas evidências de habitação humana na Austrália. A destruição aconteceu porque os abrigos de rocha estavam localizados no caminho de uma mina de ferro.
Os atos da mineradora geraram polêmica e pressão para que alguma atitude fosse tomada, por isso, o presidente da empresa se afastou de seu cargo. Atualmente, o parlamento australiano revelou estar investigando as ações da Rio Tinto.
No local destruído já foram encontrados artefatos antigos como uma ferramenta de 28 mil anos feita de ossos de animal e um cinto feito de cabelo humano datado de 4 mil anos. As explosões são consideraras uma grande perda para a arqueologia.
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