“Vimos Júpiter produzindo aurora de raios X por quatro décadas, mas não sabíamos como isso acontecia", revelou um dos autores da pesquisa
Alana Sousa Publicado em 13/07/2021, às 11h20
As auroras são fenômenos instigantes que atraem a curiosidade de muitas pessoas, que viajam longas distâncias para presenciar o evento. As rajadas visíveis e invisíveis de luz quando interagem com a atmosfera geram brilhos fortes nas regiões polares da Terra. Porém, muito além do Planeta Azul, Júpiter conta com auroras ainda mais poderosas.
No entanto, o que muitos estudiosos não conseguiram entender por muitos anos era como as autoras de Júpiter se formavam, visto que elas resultam em quantidades enormes de raios X e gigawatts de energia.
Um novo estudo, publicado na sexta-feira, 9, na revista Science Advances, desvendou o mistério de 40 anos. Especialistas da Academia Chinesa de Ciências e da University College London (UCL) se juntaram para analisar imagens de satélite e finalmente divulgaram os resultados.
Segundo os pesquisadores, a cada 27 minutos as auroras de raios X acontecem nos polos Sul e Norte. Ainda segundo a pesquisa, o fenômeno acontece devido aos campos magnéticos do planeta. As vibrações do campo geram ondas de gás ionizado, este, por sua vez, envia partículas que se chocam com a atmosfera do corpo celeste e resulta nos raios observados pelos astrônomos.
William Dunn, do Laboratório de Ciência Espacial Mullard da UCL, comentou sobre o estudo em comunicado: “Vimos Júpiter produzindo aurora de raios X por quatro décadas, mas não sabíamos como isso acontecia. Só sabíamos que eram produzidas quando os íons se chocavam com a atmosfera do planeta”.
"Processos semelhantes provavelmente ocorrem em torno de Saturno, Urano, Netuno e possivelmente em exoplanetas também, com diferentes tipos de partículas carregadas 'surfando' nessas ondas”, acrescentou Zhonghua Yao, da Academia Chinesa de Ciências.
Alguns corpos do sistema solar são conhecidos desde a Antiguidade, já que são visíveis a olho nu. Mas foi apenas anos depois que o homem começou a entender o que realmente se passa no céu – inclusive a perceber que a Terra não era o centro do Universo.
Ptolomeu, astrônomo de Alexandria, lançou a teoria de que a Terra é o centro do Universo e os corpos celestes giram em torno dela. Além do Sol e da Lua, já eram conhecidos Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno – todos vistos a olho nu. Por conta da cor, Marte recebeu dos romanos o nome do deus da guerra. Na Ásia, era a “Estrela de Fogo”. No Egito, “O Vermelho”.
Já outro grande momento se deu com o polonês Nicolau Copérnico, que virou o mundo do avesso ao elaborar, a partir de 1514, uma teoria que corrigia as ideias de Ptolomeu (e também do filósofo Aristóteles). A Terra não é o centro do Universo: é apenas um planeta que gira em torno do Sol. Nascia a teoria heliocêntrica.
Em 1610, Galileu Galilei descobriu quatro satélites de Júpiter, entre eles Ganimedes (a maior lua do sistema solar). Ele tornou-se um defensor da teoria de Copérnico e acabou julgado pela Inquisição. Para não ser condenado, declarou que a teoria era apenas uma hipótese e deu um tempo nos estudos – só retomados sete anos mais tarde.
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